Após o presidente da Assembleia Legislativa Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho anunciar que vai deixar o União Brasil, o governador Mauro Mendes, atual presidente do partido no Estado, evitou tocar no assunto e disse que só irá se pronunciar após conversar com Botelho pessoalmente. Na segunda-feira (7), Botelho disse que as portas do União estavam fechadas para ele e que iria para um lugar com portas abertas.
Nesta terça-feira (8), em conversa com o jornalista, Mauro evitou falar sobre o assunto, mas garantiu que vai ter uma conversa com o parlamentar.
“Primeiro, eu preciso conversar com o Eduardo Botelho. Ele é meu amigo, tenho muita consideração por ele. E vou conversar com ele antes de falar alguma coisa a respeito dessa possível declaração que ele tem. Eu não posso aqui, como governador, como presidente de um grande partido, ficar me pronunciando porque eu ouvi alguém falar, não dá. Vou conversar com ele primeiro e depois eu posso até falar algo”, declarou o governador.
Dentro do União Brasil, Botelho e o atual secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, vem disputando a pré-candidatura à Prefeitura de Cuiabá. No entanto, Mauro reforçou que Botelho já tinha conhecimento de seu apoio a Fábio Garcia , como pré-candidato ao Alencastro em 2024.
“Não, eu só falei a verdade, como é do meu feitio falar a verdade. E ele conhecia essa verdade [sobre a decisão de apoiar Fábio Garcia]”, afirmou o governador.
Conforme declarações de Mauro Mendes à imprensa na semana passada, numa reunião, em 2022, o deputado o comunicou que iria se concentrar na campanha a deputado estadual, e não pensava na possibilidade de ser candidato à Prefeitura de Cuiabá. No dia seguinte, Botelho rebateu as falas de Mendes, e negou que tenha dado essa versão, afirmando que comunicou ao governador seu desejo de disputar a Prefeitura de Cuiabá.
Diante dos fatos, Mauro disse que espera sensatez do presidente da Assembleia, em não “emperrar” as matérias do Executivo no plenário da Casa de Leis.
“Sempre tratei a todos com respeito e nós temos que saber separar as coisas. Candidato, qualquer candidato que tiver aí como candidato ele tem que se comportar bem, ele vai pleitear uma cadeira de cargo importante, né? De prefeitura ou de vereador são disputados o ano que vem e a população está de olho nisso. Então, nós não podemos misturar as coisas. Eu procuro separar bem o meu papel de presidente do partido, de governador, de amigo que sou dele e continuarei sendo”, finalizou Mauro.
