Vereador Pablo Pereira é afastado do cargo por uso político do DAE em VG

O vereador de Várzea Grande, Pablo Pereira (UB), foi afastado do cargo e encaminhado para Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), nesta sexta-feira (20), durante a Operação Gota d’Água, que apura crimes dentro da Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto do município de Várzea Grande (DAE-VG). Ele foi alvo de busca e apreensão e teve o seu mandato suspenso pela justiça. O esquema investigado é de R$ 11, 3 milhões. 

De acordo com as investigações, o parlamentar seria um dos líderes da organização criminosa juntamente com o diretor do DAE. Pablo atuava para realizar pressão política com a finalidade de fazer valer os objetivos do grupo criminoso.  Ele também usava o DAE para se beneficiar politicamente, usando vários servidores em sua campanha à reeleição, usando a estrutura pública da autarquia municipal.  

Foi determinado o compartilhamento das provas com o Ministério Público Eleitoral (MPE), fato que poder resultar na perda do mandato e impugnação da candidatura neste pleito.   

Também foram alvos, um servidor da Câmara de Vereadoras do município ligado ao parlamentar, e 15 servidores da Diretoria Comercial do DAE, que também foram afastados das funções públicas. U funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviços na Diretoria Comercial do DAE também é alvo.  

Ao todo foram 123 mandados judiciais decretados pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo). Entre eles, 11 prisões preventivas, 25 mandados de busca apreensão e 18 afastamentos.  De acordo com as investigações, uma organização criminosa atuava dentro do DAE cobrando valores, por servidores públicos, que deveriam serem realizados de graça pelo órgão público.  

Auditorias ainda revelaram prejuízos para a autarquia em razão da exclusão ilegal de débitos e também em razão de diminuição indevida de valores de faturas, tudo mediante recebimento de dinheiro por servidores. Segundo as investigações, de 2019 até agora, a autarquia tenha tido um prejuízo de R$ 11,3 milhões.  

A decisão determinou ainda o sequestro de 6 imóveis e 26 veículos, além do bloqueio de valores das contas dos 22 investigados no valor do prejuízo estimado.

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