Relatório da CPMI de 8 de Janeiro que pede indiciamento de três mato-grossenses

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8 de janeiro de 2023, Eliziane Gama (PSD-MA), anunciou nesta terça-feira (17), em Brasília, os nomes dos primeiros indicados para serem indiciados pela tentativa de golpe de estado ocorrida quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes. Na lista aparecem, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) do Brasil, Antônio Galvan, e o vice-presidente da Aprosoja de Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o morador de Comodoro (a 631 km de Cuiabá), Alan Diego dos Santos.

A relatora da CPMI, imputou aos acusados os crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado. Além deles, o relatório pede o indiciamento de outras 57 pessoas, incluindo o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Antônio Galvan e Lucas Costa, são apontados como financiadores dos atos golpistas. A senadora Eliziane Gama considerou o relatório da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, que colocou os produtores rurais entre os líderes do Movimento Brasil Verde e Amarelo. 

Segundo a relatora da CPMI, Antônio Galvan e Lucas Costa, junto dos demais líderes do movimento, foram responsáveis pelo envio de caminhões a Brasília, além dos bloqueios em rodovias em razão da inconformidade com o resultado das eleições presidenciais. 

Já Alan Diego dos Santos, foi apontado que participou de uma trama que envolve a tentativa de explosão de um caminhão tanque nas proximidades do Aeroporto Juscelino Kubitschek na capital federal, na véspera do Natal de 2022. 

A relatora deixou de pedir o indiciamento de Alan pelos crimes relativos à tentativa terrorista, uma vez que o morador de Comodoro já foi até mesmo condenado pela Justiça do Distrito Federal. Contudo, a senadora ponderou ser razoável que Alan Diego também responda pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de estado na esfera federal. 

Golpe

“A bandeira nacional foi usada como insígnias e símbolos nacionais uniformizaram os que se diziam patriotas”, disse a relatora ao afirmar que tentativas de golpe se instrumentalizam por meio da formação de “forças paramililitares que preparam, arregimentam e armam forças milicianas”, de forma a fazer com que o golpe não pareça golpe. “Por isso atacaram tanto as instituições democráticas”, acrescentou.

A lista inclui, ainda, George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza – todos condenados por envolvimento na tentativa de explodir um caminhão de combustíveis nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.

Entre os 61 indicados pelo relatório estão também os integrantes do chamado gabinete do ódio – Tércio Arnaud, que foi assessor especial de Bolsonaro; Fernando Nascimento Pessoa e José Matheus Sales Gomes.

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