Quatro trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão em Nova Xavantina, a 660 km de Cuiabá, na Fazenda Filadélfia, em ação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Escravo. Além do grupo, fizeram parte da ação o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Federal (PF).
Dos quatro resgatados, três eram terceirizados de uma empresa que tinha vínculo de comodato para explorar a área, e o outro era empregado da fazenda. Eles foram contratados para trabalhar no corte e carregamento de eucalipto para formação de pastagem. Os trabalhadores estavam alojados em dois barracos de lona com assoalho de terra e cascalho, sem acesso a água potável e com alimentação escassa.
Eles ainda tomavam banho e bebiam água em um riacho próximo e faziam as necessidades na mata, a céu aberto e dormiam em camas improvisadas, sendo colchões sujos sobre tábuas de madeira.
Os empregadores firmaram Termo de ajustamento de Conduta com o MPT e DPU para o pagamento das verbas rescisórias dos quatro trabalhadores e foram autuados pela exploração de trabalho análogo ao escravo. O valor total é de R$ 131 mil.
Os auditores-fiscais do Trabalho do MTE emitiram as guias de Seguro-Desemprego dos Trabalhadores Resgatados, e eles irão receber as três parcelas de um salário-mínimo cada. Serão lavrados, ainda, os autos de infração correspondentes às irregularidades constatadas.
Além de autuados, os empregadores terão que garantir as estruturas adequadas para os trabalhadores.