Suspeito de financiar morte de advogado Roberto Zampieri será transferido para Cuiabá

O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou a transferência imediata do coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Caçadini Vargas para Cuiabá, ainda nesta quarta-feira (17). O coronel é acusado de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em 5 dezembro de 2023. O oficial foi preso em Belo Horizonte (MG) nesta segunda-feira (15). A previsão é de que o suspeito chegue ainda na manhã desta quarta-feira.

Segundo as investigações, Etevaldo é acusado de ter realizado transferências financeiras para os pistoleiros que executaram a vítima. Apesar do claro envolvimento, a polícia ainda não sabe o que teria motivado o coronel a participar do crime.

A decisão é de terça-feira (16). No documento, o magistrado explicou que a presença do suspeito em Cuiabá é importante para o andamento das investigações.

“Concernente ao pleito de não recambiamento do preso para a Comarca de Cuiabá, permanecendo-o na Comarca de Belo Horizonte, não merece prosperar, tendo em vista que para garantir o bom andamento das investigações, quando cuidar-se de Segregação Cautelar pela Temporária, é imprescindível a presença do investigado no sítio em que ocorreu o fato criminoso, o que possibilitará à d. Autoridade Policial que preside as investigações, cumprir assim, de forma efetiva, podendo realizar eventuais acareações entre os investigados ou entre estes e testemunhas, assim como, o reconhecimento pessoal, dentre outras diligências necessárias a serem realizadas”, diz trecho da decisão.

Na audiência de custódia, realizada na manhã de terça-feira, a juíza Giselle Maria Coelho de Albuquerque, da Vara de Precatórias Criminais de Belo Horizonte (MG), manteve a decisão que decretou a prisão temporária do coronel e negou os pedidos da defesa para que o autuado não seja transferido para Mato Grosso.

Além disso, a magistrada ainda determinou que fosse enviado ofício à Promotoria dos Direitos Humanos, com cópia da ata, da mídia da audiência de custódia realizada e dos documentos que determinaram a prisão do autuado, a fim de que seja apurada a “violência psicológica” alegada pelo investigado. 

O coronel alega que os policiais civis não observaram a sua prerrogativa de militar do exército e também em função da “compleição física dos policiais”, que cumpriram a prisão. 

OUTRAS PRISÕES 

Antônio Gomes da Silva também foi preso no dia 20 de dezembro de 2023, acusado de ser o homem que atirou pelo menos 10 vezes contra o advogado. O suspeito confessou o crime e, em depoimento, ainda tentou persuadir os investigadores contando histórias fictícias sobre o fato.

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