A Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), emitiu alerta epidemiológico com relação à gripe aviária. Até o momento, oito casos já foram confirmados em aves silvestres no Brasil, nenhum deles em Mato Grosso. A SES, porém, se antecipou e alertou que todos os cuidados devem ser adotados para evitar uma nova pandemia.
De acordo com o documento, os municípios de Cáceres, Araguaiana e Chapada dos Guimarães possuem fluxo migratório de aves silvestres que podem trazer a doença de outros lugares onde focos da doença também já foram identificados.
No alerta, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental orientou ainda sobre os cuidados a serem adotados para evitar a transmissão do vírus, conhecido como H5N1. Os cuidados incluem o controle adequado de abatedouros, cuidados de higiene e atenção a animais doentes em criadouros, evitar contato desprotegido com aves doentes ou mortas, uso de roupas de proteção e higienização frequente das mãos para aqueles que trabalham com aves e sempre que possível, evitar o contato com aves silvestres.
Apesar de ser uma doença que acomete naturalmente as aves, a gripe aviária também pode infectar humanos. Em casos mais graves, pode levar a uma síndrome respiratória aguda grave. Nesse sentido, a orientação da SES é para que pacientes que eventualmente apresentarem sintomas respiratórios depois de terem contato com aves doentes ou mortas procurem atendimento médico para evitar a transmissão do vírus entre humanos.
“Manter a vigilância e tomar medidas preventivas para minimizar o risco de uma pandemia são passos fundamentais”, diz trecho do documento.
O alerta ainda esclarece que em Mato Grosso, o órgão responsável por fazer a vigilância de aves migratórias é o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Portanto, os criadores ou profissionais da área da saúde que encontrarem aves silvestres ou domésticas com comportamento inabitual devem procurar o órgão.
Dentre os sinais de alerta estão:
– Sinais respiratórios (dificuldade de respirar, espirros, tosse, corrimento nasal e ocular);
– Sinais neurológicos (depressão, incoordenação motora, torcicolo), sinais digestivos (diarreia aquosa esverdeada ou branca);
– Alteração dos índices zootécnicos (queda na postura, produção de ovos deformados, e alteração no consumo de água e ração);
– Aves mortas.
Com informações da Assessoria