O governador Mauro Mendes (UB), afirmou nesta segunda-feira (29), durante coletiva de imprensa, que não houve retaliação política na exoneração do ex-secretário de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro, e sua equipe, exonerados no dia 23 de julho deste ano. Agora, a Pasta será comandada, interinamente, pela servidora de carreira Andreia Carolina Domingues Fujioka.
“Afirmo categoricamente que não teve nenhuma retaliação política. Esse Governo nunca tomou decisões por questões políticas. Nunca houve nenhum movimento nem de pressão que eu aceitasse e muito menos de pressão para exonerar ou por alguma questão política. Foi uma correção de gestão, e é só isso que podemos falar”, afirmou Mauro.
Luluca ocupava o cargo de secretário por indicação da deputada Janaina Riva (MDB) desde fevereiro deste ano.
A demissão, no entanto, teria ocorrido por conta de uma investigação na Controladoria Geral do Estado (CGE) que apura denúncia relacionada a um processo de compra de kits agrícolas (máquinas e equipamentos) feito pela Secretaria.
Mendes revelou que o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) chamou Luluca para conversar sugerindo que ele pedisse exoneração, mas o secretário recusou. À imprensa, Luluca disse ter ficado sabendo da exoneração pela imprensa.
“A Casa Civil tinha obrigação de fazer isso [comunicar a demissão]. Ele foi avisado pelo vice-governador – que é quem está comandando [a Seaf] inclusive. [Pivetta] Pediu a ele que pedisse exoneração e ele não o fez. Por isso foi demitido”, disse.
Questionado se sabe da investigação na CGE sobre Luluca, o governador disse ter total desconhecimento.
“Se existe investigação, não é conduzida pelo gabinete do governador, e sim pelos órgãos competentes”, completou.
Além de Luluca, também foram exonerados o secretário adjunto Clóvis Figueiredo Cardoso, o secretário adjunto de Administração Sistêmica, Talvany Neiverth, a chefe de gabinete Aline Emanuelle Rosendo e o assessor jurídico Ricardo Antônio de Lamonica Israfel Pereira.
