NEILA BARRETO
As ruas de Cuiabá estão uma calamidade. A população faz ginástica para desviar dos buracos. Uns colocam pedaços de madeira no buraco, outros colocam galhos de folhas, uns jogam terra e, por aí vai… e a cidade caminha a mercê dos administradores.
O meu desejo é que as ruas cuiabanas que carregam nomes e fatos que marcam a história da cidade de Cuiabá sejam respeitadas. Homens, mulheres, fatos históricos estão sendo desprezados e desrespeitados.
Há nomes de ruas tão carregadas de história que a população cuiabana não troca. É o caso da avenida tenente coronel Duarte. A população inteira se refere a ela como avenida da Prainha. O local é tão significativo para a população que ela não abandonou o nome antigo.
Tentaram mudar o nome da Avenida XV de novembro, no bairro do Porto, na capital para Avenida Fares Abdalla Zarour, mas, a população da rua XV de novembro não permitiu. A Avenida XV de novembro era conhecida como Rua Grande ou Rua Larga que terminava no antigo Cais do Porto, hoje desativado e, que abraçava as Ruas do Pescador e D. Aquino Corrêa. A rua homenageia a Proclamação da República.
Emissoras de TVs se referem ainda, a avenida Historiador Rubens de Mendonça como avenida do CPA. A imprensa poderia colaborar e passar a dizer corretamente os nomes das ruas, becos, logradouros da cidade corretamente. Isso ajudaria em muito a divulgação dos nomes corretos. Ajudaria as crianças a aprender com mais facilidade. Por lá existe um buraco perigoso nessa avenida, nas proximidades do hospital ortopédico.
Na avenida Miguel Sutil há vários perigos, buracos e armadilhas. Na esquina, próximo a uma casa de bolos e um Pet shop, no Jardim Mariana, há buraco e água estagnada. Moradia perfeita para os mosquitos da “Dengue”.
Na Rua Barão de Melgaço, na esquina da “Casa Barão de Melgaço”, um acolhedor de águas pluviais está à espera de uma grade reforçada ou de um carro que se atreva a estacionar no local. A noite é um perigo.
Sem contar que o aparecimento desses buracos nas ruas, avenidas, bairros, etc ainda conta com uma ajudinha da “Águas Cuiabá”, tanto para reparo de redes de água quanto para a implantação de rede coletora de esgotamento sanitário. Os serviços são necessários, mas a demora nos reparos é infinita e a população grita.
Para essas memórias eu gostaria de dizer: “ se essas ruas… se essas ruas fossem minhas… eu mandava … eu mandava ladrilhar…com pedrinhas…com pedrinhas de brilhante…para ver as memórias cuiabanas passar…
E que venham homens e mulheres com muita vontade de trabalhar pela cidade de Cuiabá. Homens e mulheres qualificados e que tenham conhecimento de gestão de cidade.
NEILA BARRETO – é jornalista, historiadora e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.
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