O servidor da Assembleia Legislativa Samir Bosso Katumata, 42 anos; o servidor do Estado André Victor Abreu Miranda Souza Gomes, 22 anos; e o soldado da Polícia Militar Marcel Ângelo de Souza, 34 anos, são os três alvos da Operação Gorgulho, da Polícia Civil, deflagrada nesta quinta-feira (9).
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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa dos três, que são suspeito de desvio de cestas básicas da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc).
Conforme apurado, Katumata era lotado no gabinete do deputado Dilmar Dal’Bosco (União) e é suspeito de ter pedido ao servidor da Secretaria de Estado de Esporte, Cultura e Lazer (Secel) para desviar 240 cestas básicas de um depósito do Governo.
Por determinação Judicial, ele foi afastado das funções públicas.
O segundo, André Victor é o servidor da Secel suspeito de ter feito a retirada das cestas. Ele, segundo as investigações, foi quem delatou o caso à Polícia Civil.
O terceiro é o PM Marcel Ângelo, que, segundo as investigações, cedeu a sua casa para que as centenas de básicas foram acondicionadas.
As investigações
As investigações da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) teve início a partir de uma denúncia de André Victor, que exerce o cargo de assessor técnico na Secretaria de Cultura.
Segundo a PJC, André foi cedido pela Secel para atuar na Coordenadoria de Segurança Alimentar da Secretaria de Assistência Social do Estado, quando, atendendo a pedido do assessor do Dilmar desviou 240 cestas básicas do depósito.
As cestas básicas retiradas pelo assessor foram carregadas para um caminhão-baú por um parente do soldado da Polícia Militar.
Em seguida, conforme as investigações, as cestas foram depositadas na residência de Marcel Ângelo, no bairro CPA IV, na Capital e, posteriormente, distribuídas na frente da casa do policial, a pedido de Katumata.
Operação
Diante das informações apuradas, a Deccor encaminhou representação à Justiça que acatou os pedidos de afastamento de sigilo bancário, sequestro de bens e valores, busca e apreensão domiciliar e afastamento de sigilo telefônico dos investigados, bem como a suspensão do exercício de função pública em desfavor do servidor da Secel.
As investigações, segundo a PJC, continuam para apurar os beneficiários das cestas supostamente desviadas e a motivação da conduta dos suspeitos.