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A deputada Janaina Riva (MDB), em entrevista à imprensa nessa quinta-feira (26.01), afirmou que solicitou esclarecimentos à Polícia Civil quanto aos crimes de feminicídio contra Thays Machado e o homicídio contra Willian Cesar Moreno, namorado da vítima, que ocorreram no dia 18 de janeiro, em frente ao Edifício Monet, no bairro Consil, em Cuiabá, alegando que eles poderiam ter sido evitados.
A parlamentar disse que quer entender os fatos, principalmente sobre o porquê ninguém parou o carro de Carlos Alberto Gomes Bezerra, quando na manhã do crime, Thays denunciou que o ex-marido estaria armado e teria ameaçado a vítima.
“Esse cara [Carlos Alberto] poderia ter sido detido por porte ilegal de arma de fogo e ela [Thays] poderia estar viva. Disseram que ele passou até com o carro no aeroporto e nesse momento ela fez um comunicado à polícia. Então a gente tem que entender bem isso, até porque a partir do momento que eu ligo e falo que alguém passou e me mostrou uma arma, eu entendo que a nossa polícia tenha condições de fazer uma abordagem para evitar que um crime como esse aconteça”.
Riva complementou que tem muita coisa que as pessoas indagam que poderia ter sido feito de diferente, mas segundo ela, infelizmente o final foi trágico e agora [Carlos] estará sujeito à lei como qualquer outro cidadão que estivesse em seu lugar.
Questionada como o partido MDB e ela como mulher recebeu a notícia, sendo tão próxima da família Bezerra, Janaína falou que é um caso trágico, mas que não tem como passar a mão e defender qualquer ato parecido com esse que foi praticado.
Janaina enfatizou que quem convive com o deputado federal, Carlos Bezerra, pai do réu confesso Carlos Alberto Gomes Bezerra, sabe que ele é um cara ‘super feminista’, e tem uma grande quantidade de leis que beneficiam mulheres. “A surpresa que ele teve com certeza como pai foi tão grande e também para todos nós que conhecíamos o filho dele”, concluiu Janaina Riva.
Outro lado – Após a deputada citar na entrevista que pediu esclarecimentos à Polícia Civil, a reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Judiciária Civil (PJC), para ouvir o outro lado, e foi informada que a ligação da vítima [Thays Machado] foi feita ao serviço 190.
A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar (PM/MT), e foi informada que eles não têm acesso aos chamados via 190, apenas aos registros do boletim de ocorrência. “No dia do crime, temos apenas os registros do isolamento e do homicídio”.
A assessoria informou, ainda, que a própria investigação da PJC afirmou que a vítima teria registrado um B.O da ameaça com a arma de fogo, mas não se tem dados sobre isso