Em resposta às reações provocadas por uma entrevista falsa, gerada por inteligência artificial com o heptacampeão da F1 Michael Schumacher, a revista alemã “Die Aktuelle” se desculpou e demitiu a editora Anne Hoffmann. As medidas vêm após a família do ex-piloto confirmar que estuda entrar com uma ação legal contra a publicação que tornou-se pública na última semana.
Considerada sensacionalista, a revista expôs uma foto do multicampeão na capa da tiragem, com frases como “a primeira entrevista” (desde o acidente de esqui sofrido por Schumacher, em 2013) e “parece muito real”. Na alegada entrevista exclusiva, constam citações atribuídas a Schumacher e que só foram reveladas como criação de uma IA no fim da matéria.
– É realmente muito mais fácil com o apoio da família. Minha esposa e meus filhos foram uma bênção e eu não poderia ter superado isso sem eles. É claro que eles também estão muito tristes sobre como tudo correu, mas a vida é assim, infelizmente, às vezes temos que aceitar as coisas que correm mal. Eles me apoiaram e ficaram firmemente ao meu lado – diz um trecho da entrevista falsa, atribuído ao alemão.
Schumacher se recupera de um traumatismo craniano em consequência de um grave acidente de esqui, sofrido em dezembro de 2013 na Suíça. O ex-piloto é mantido sob sigilo, bem como os detalhes de seu estado de saúde, na casa da família no mesmo país.
O filho mais novo do heptacampeão, Mick Schumacher, foi campeão da Fórmula 2 em 2020 e correu na F1 pela Haas entre 2021 e 2022. Das poucas visitas autorizadas por Corinna, está o ex-chefe da Ferrari e ex-presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Jean Todt. Schumacher conquistou cinco títulos sob a gestão do francês, com quem acompanhou corridas de seu caçula.