Vinícius Schmidt/Metrópoles
O acordo, conforme apurado pelo jornal A Gazeta, prevê que os maiores cargos da Mesa Diretora ficariam com os três maiores partidos: MDB e PSB, que vão ter quatro cadeiras na próxima legislatura, e União Brasil, que terá três deputados no parlamento.
No meio do caminho, porém, o governo precisou lidar com as demandas impostas pelos atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Interlocutores admitem que o episódio tem dificultado o esforço do Planalto por uma agenda positiva.
Antes dos atos, no entanto, Lula já enfrentava dificuldades para cumprir algumas propostas feitas durante as eleições e tirar algumas medidas do papel, como é o caso do reajuste no valor do salário-mínimo.
Ainda nos primeiros dias de governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o salário-mínimo é atrelado ao valor repassado para as aposentadorias e que houve represamento na concessão de aposentadorias na gestão Bolsonaro que, segundo Costa, tem impacto no reajuste do mínimo.
Em meio ao imbróglio, o governo anunciou a criação de um grupo de discussão para tratar de uma política permanente de valorização do salário-mínimo. Um eventual reajuste deve ser discutido por essa equipe.
Merenda escolar e obras paradas
Sem reajuste desde 2017, o governo também estuda conceder aumento ao montante repassado para a compra de merenda escolar. A ideia do ministro da Educação, Camilo Santana, é realizar a recomposição antes do início do ano letivo, que começa em fevereiro. Até o momento, porém, não foram anunciados valores ou percentuais.