A Polícia Federal do Goiás deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a “Operação Redex” para cumprir ordens judiciais contra quadrilha que recebia seguro-desemprego de forma ilegal. As investigações apontam que a organização criminosa causou um prejuízo superior a R$ 11 milhões aos cofres públicos. Em Mato Grosso estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em Cuiabá e Sinop (a 479 km de Cuiabá), além dos municípios, Macapá (AP), Parauapebas (PA), Redenção (PA) e São Luís (MA).
Estima-se que o prejuízo evitado, com a neutralização da atividade criminosa, seja de mais 7,2 milhões de reais. As investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que a área de inteligência trabalhista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a liberação irregular de inúmeros benefícios do seguro-desemprego, com a participação de servidores públicos e pessoas localizadas em diversas Unidades da Federação.
O modo de agir do grupo criminoso consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de vantagens indevidas (“propina”), para que esses agentes públicos inserissem informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou emprestassem suas senhas para que outras pessoas o fizessem.
A partir daí, parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a interpostas pessoas (“laranjas”), que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso
Os crimes sob apuração são os de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).
O nome da operação (Rede) faz referência à cidade de Redenção/PA, local de moradia da maioria dos investigados. Xis (X) se refere à capacidade de multiplicação das fraudes, em prejuízo aos cofres públicos.