Produtor em Primavera do Leste vira referência em produtividade de milho na areia

Reprodução

Produzir hoje um hectare de milho, soja ou outra cultura é um grande desafio. Além do clima e dos custos, que a cada dia pesam no bolso dos produtores, há ainda as pragas. Contudo, para alguns produtores os desafios vão ainda mais além: o de produzir em terrenos com baixo teor de argila.

Em Primavera do Leste desde 1984, o agricultor Carlos Verdelio tornou-se um exemplo para a região e para Mato Grosso. Na propriedade o teor de argila no solo é de em torno de 12%, 14%.

A história da família Verdelio faz parte da sétima edição do Projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Segundo ele, a média por hectare em soja ficou em 62 sacas na última colheita. E as projeções para o milho 2022/23 estão em 110 sacas por hectare, como aponta Fábio Verdelio, filho do seu Carlos.

Conforme Fábio, há cerca de três anos é realizado o manejo de rotação de cultura na propriedade de Primavera do Leste. A família conta, também, com uma área em Confresa.

“Fiz uma área pequena de verão [milho] para ver como saía e Graças à Deus foi bem. Ainda não foi àquela expectativa [na época]. Fomos fazendo adubo e melhorias. [Nesta safra 2022/23] Com o clima que tivemos, úmido, o milho está todo pendoado. Eu acredito que esse milho safrinha, pelo solo, em 110 sacas por hectare”, comenta Fábio.

Teimosia que deu certo

“A gente foi muito teimoso. Graças à Deus de uns cinco anos para cá veio a recompensa e melhoramos um pouco a situação”, frisa Carlos ao lembrar de todos os desafios enfrentados por ele e seus irmãos ao chegarem em Mato Grosso vindos de Cascavel, no Paraná, e posteriormente com os filhos.

Questionado se é possível ter sucesso ao cultivar em solo arenoso, Fábio Verdelio afirma que sim. “É manejo. A gente tem que fazer manejo. É questão de rotação, material para ser plantado e, lógico, depende muito do clima”.

Canal Rural

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