Procurador da AL que manteve garota de programa em cárcere privado pode ser exonerado diz presidente da Casa

O presidente da Assembleia Legislativa de  Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), confirmou o afastamento do procurador Benedito Cesar Correa Carvalho, 53 anos, acusado de manter uma garota de programa de 19 anos em cárcere privado em seu apartamento neste fim de semana. 

Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (21), o parlamentar disse que esta é a terceira vez que o servidor se envolve em situações “incompatíveis” com seu cargo. Botelho afirmou ainda que um processo administrativo disciplinar (PAD) foi aberto contra Benedito e que ele corre o risco de ser exonerado. 

“Ao tomar conhecimento eu liguei de imediato para o procurador-geral, solicitei a ele que fizesse o afastamento uma vez que já tem várias reincidências, acho que essa é a terceira. Não é compatível com a função dele essas atitudes”, declarou Botelho.

O parlamentar pontuou que a mesa diretora da AL tem conhecimento que o servidor trata transtornos mentais, condição que amenizou a punição das primeiras situações, porém, não será levado em consideração diante desse caso. 

“Ele tem problemas de tratamento que precisa fazer, entendemos isso na primeira vez. Agora, nesse reincidência, não. Vamos abrir um PAD contra ele, pode ser afastado e até perder o cargo definitivamente”, frisou o parlamentar. 

ENTENDA  O CASO

O Procurador da Assembleia Legislativa, Benedito Cesar Correa de Carvalho, de 53 anos, foi detido após manter uma garoa de programa em cárcere privado na madrugada de sábado em seu apartamento, em Cuiabá.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou aos policiais que Benedito era um cliente seu. Alegou que chegou na casa dele por volta das 2h e que o combinado entre eles era que o programa duraria até às 6h30. Quando encerrou o horário combinado, o suspeito começou a impedi-la de sair da casa e passou a enforcá-la. 

A mulher conseguiu gritar por socorro da sacada do apartamento e testemunhas acionaram a Polícia Militar. O procurador se negou a abrir a porta e afirmou que, caso os policiais entrassem, haveria uma troca de tiros. Os agentes forçaram a entrada e encontraram Benedito sentado na cama, com uma faca na mão. 

Ele negou soltar a arma, mas acabou sendo imobilizado e encaminhado à delegacia, no entanto  ele assinou um termo circunstanciado e foi liberado. 

Conforme informações da polícia, Benedito relatou em seu depoimento que conheceu a garota em um evento, ele então a convidou para um programa. Segundo ele, não havia nenhuma “má intenção”. Em seu depoimento Benedito disse ainda que a garota era usuário de drogas. 

Por meio de nota, a procuradoria informou que o servidor foi afastado do cargo e que um procedimento foi aberto para apurar a sua conduta.

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