Presidente do Sindspen rebate desembargador sobre entrada de celulares na PCE; veja vídeo

O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), Amaury Benedito Paixão, rebateu as falas do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, que afirmou nesta quinta-feira (17) que detentos chegam a pagar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil por um celular dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). 

“Nós sabemos que não só os visitantes, os familiares, os amigos dos reeducandos que introduzem celulares para dentro do presídio. Lamentavelmente existe corrupção dentro do sistema prisional. Eu defendo que juiz, promotor e até o governador passe por scanner. Todos devem ser vistoriados na entrada”, declarou Perri à imprensa nesta quinta.

Em vídeo divulgado nas redes sociais do Sindspen, Amaury reforçou que as equipes fazem revistas na PCE com frequência. Nesta quinta, por exemplo, as buscas se concentraram nas celas do Raio 7, onde estão cerca de 430 presos. Segundo ele,  foram apreendidos 70 celulares, além de outros produtos ilícitos. 

Amaury reforçou ainda que portaria nº 72/2024/GAB/SESP proíbe a entrada e o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em penitenciárias de Mato Grosso.

“Além da PCE ou em qualquer outra unidade prisional de Mato Grosso, não tem como entrar aparelho de celular ali. Existe um controle rígido pelos servidores, mas enquanto estamos fazendo um controle na entrada, lá nos fundos existe um gargalo muito grande. Tem que ser feito o controle pelos fundos, as facções criminosas já perceberam essa fragilidade estão explorando isso. Tem que isolar de uma forma definitiva esses presos que trabalham ali”, dispara.

No vídeo ele ainda relata que cerca de 250 presos que trabalham dentro da PCE tem passe livre no local, ou seja, transitam em todas as alas da penitenciária.

“Tem que fazer isolamento desses presos. Eles não podem ter contato com o espaço onde ficam os presos encarcerados tem que isolar aquela fábrica. Já pensou deixar apenas 2 policiais penais para tomar conta de 250 presos, é um absurdo isso aí, mas é o que ocorre lá na PCE, não dá para se fazer segurança dessa forma. É preciso dar condições de trabalho para os policiais penais”, pontua.

Perri, que é supervisor do grupo de fiscalização e monitoramento do sistema prisional e sócio-educativo no Estado. Ao declarar a falha no Sistema Prisional do Estado ele também disse que a entrada de celulares nas unidades é um problema nacional. No entanto, o presidente do Sindspen, aponta que a fala do desembargador foi infeliz ao generalizar todos os servidores.

 

“E fica aqui é um breve comentário a respeito de uma fala do desembargador Orlando Perri, é com muito respeito considera bastante, mas foi muito infeliz hoje numa fala. Admitir as falhas do Sistema Penitenciário sem fazer uma ressalva de que aqui existem pessoas honestas que combatem o crime, como vimos hoje nessa revista tirando 70 celulares lá de dentro, é impossível fazer a entrada desses aparelhos pela entrada principal. Está entrada pelos fundos, esses caminhões precisam ser barrados, precisam ser feitos uma revista bem mais apurada e precisa dar condições de entrada para os policiais penais que fazem esse controle ali”, destaca Amaury.

“Então, desembargador , o senhor foi muito infeliz nessa fala. Temos que admitir que existem pessoas honestas ali. Sabe porque, joio e trigo existe em qualquer lugar, seja no Sistema Penitenciário, na Polícia Penal do estado Mato Grosso como também aí no judiciário ou em qualquer outra profissão, mas fica aqui a defesa do Sindspen, que trabalha por você, mãe, pai e família,  pessoa honesta que trabalha nessa profissão combatendo o crime quem fazem o enfrentamento ao crime mas que não desiste e vamos à luta porque vamos conseguir comprovar para a sociedade a nossa honestidade”, finaliza. 

Veja vídeo:

 

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