Precisamos avançar na geração de energia limpa e renovável

Ricardo Padilla de Borbon Neves

O calorão vivido nos últimos dias torna claro uma realidade que não podemos negar. O aquecimento global é uma realidade e ameaça a nossa sobrevivência. Uma das principais causas para esse fenômeno é a emissão dos chamados gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2). Nesse contexto, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) emergem como uma peça fundamental na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis, desempenhando um papel crucial na redução das emissões de carbono.

Usinas hidrelétricas de tamanho e potência menores que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), estes empreendimentos podem ter o potencial de gerar de 0 até 5 megawatts (MW) de energia. O Brasil conta com 704 unidades de CGHs em operação instaladas, que representam 717.223 kilowatts (kW) de potência instalada. Em Mato Grosso, são 65 centrais em funcionamento atualmente.

As CGHs são uma forma de energia renovável, aproveitando o potencial hidráulico para gerar eletricidade. Ao contrário das fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis, as hidrelétricas não emitem grandes quantidades de CO2 durante a geração de energia. Isso as coloca na vanguarda das soluções para mitigar as mudanças climáticas.

A principal vantagem das CGHs reside na produção de eletricidade com emissões extremamente baixas de carbono. Comparadas a centrais termelétricas movidas a carvão ou gás natural, as hidrelétricas contribuem significativamente para a redução global das emissões de CO2. Esse impacto positivo é crucial para atingir as metas estabelecidas pelos acordos internacionais para combater as mudanças climáticas.

Juntamente com a geração limpa, as CGHs oferecem flexibilidade na produção de energia. Elas podem ser rapidamente ajustadas para atender à demanda, funcionando como unidades de armazenamento de energia eficazes. Essa característica é essencial para lidar com as variações na oferta e demanda de eletricidade, contribuindo para a estabilidade da rede elétrica.

Outras ondas de calor extremo virão em breve, tornando evidente a urgência de reduzirmos a emissão de CO2 na nossa atmosfera. Precisamos, em um curto prazo, mudar a nossa matriz energética, deixando os combustíveis fósseis, poluentes, de lado e encampando cada vez mais projetos que gerem energia limpa e renovável. A nossa sobrevivência depende muito disso.

Ricardo Padilla de Borbon Neves – é empresário

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