“PM ia usar o quê? A mão? Ele só tinha a arma”, diz delegado

Polícia Civil apura se o caso Diego Kalininski se enquadra em legítima defesa com excesso

O delegado Bruno Abreu, responsável pelo inquérito policial que investiga a morte de Diego Kalininski, de 25 anos, afirmou que uma das linhas de investigação é a de que os policiais militares envolvidos na morte do rapaz agiram em legítima defesa com excesso.

Diego foi morto a tiros após reagir a uma abordagem policial na madrugada do último domingo (5), no Município de Vera (a 458 quilômetros de Cuiabá). O irmão dele também ficou ferido na ocasião.

“Dois tiros já foram dados para o alto antes, não foi suficiente. Ou seja, a legítima defesa de terceiros dado pelo policial que estava atrás não foi suficiente para parar aquela sessão”, explicou o delegado em entrevista ao programa Real TV Sinop, da Record TV.

Durante a ação, Diego chegou a agredir com um soco um dos policiais e tomar o seu cassetete.

“Qual meio disponível ele [o PM] tinha? A arma. Porque o cassetete que ele tinha e estava disponível, ele usou antes, a própria vítima tomou dele. Ele iria usar o quê? A mão? Ele vai usar a arma. Então é isso que vai ser apurado, se teve legítima defesa, vamos apurar, e se teve excessos”.

O delegado afirmou ainda que esse é um caso de alta complexidade em que mais de dez testemunhas terão de ser ouvidas com um efetivo reduzido de policiais.

“Geralmente os policiais não conseguem terminar o inquérito em 30 dias e a lei prevê prorrogações. Ainda mais um caso como esse de alta complexidade, onde vão ter que ser ouvidas umas 10 testemunhas, no mínimo, em uma cidade como Vera, onde nós temos um policial, um escrivão e um delegado que responde por três cidades”.

Segundo Abreu, esse é o caso de maior gravidade do Município atualmente. “Vamos tentar concluir o mais rápido possível e a atenção total e especial é para esse caso”.

MidiaNews

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