PF faz operação no DF e em 5 estados para prender terroristas que invadiram a Esplanada

Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal

Metrópoles

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (27/1), a terceira fase da Operação Lesa Pátria, para identificar mais pessoas que participaram, financiaram e fomentaram os atos terroristas cometidos em 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, extremistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os agentes cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas seguintes unidades da Federação: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.

“As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”, informou a corporação, em nota.

A PF pede que, caso alguém tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, encaminhe detalhes para o e-mail: denuncia8janeiro@pf.gov.br.

Segunda fase da operação

Na segunda fase da operação, deflagrada no último dia 20, a PF prendeu Renan da Silva Sena, Ramiro Alves da Rocha, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, Soraia Baccioci e Randolfo Antonio Dias, além de mais dois suspeitos.

A PF foi às ruas para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo STF. A operação ocorreu no Distrito Federal e nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Renan Sena é ex-funcionário terceirizado Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em maio do mesmo ano, ele xingou enfermeiros que faziam protesto social contra a liberação do isolamento social. O extremista, de 58 anos, também acabou preso e solto após pagar fiança de R$ 1,5 mil por xingar o então governador Ibaneis Rocha (MDB) em junho do mesmo ano.

Sena foi preso na Candangolândia. Já Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior foi líder dos caminhoneiros e, nas eleições de 2022, chegou a se candidatar a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Bolsonaro. Embora acusado de atuar na mobilização dos atos terroristas em Brasília, ele alega que não chegou à capital a tempo de participar.

No dia seguinte aos atos antidemocráticos (9/1), Ramiro esteve na Academia Nacional da Polícia Federal, no Distrito Federal, para “visitar” extremistas presos. Ele chegou a gravar um vídeo para as mídias sociais, no qual distribuía panetones de chocolate aos detidos.

O nome de Ramiro dos Caminhoneiros é frequentemente mencionado em grupos bolsonaristas, associado à arrecadação de recursos e à organização de caravanas de militantes rumo a Brasília. Ele foi encontrado pela PF no Bairro Ipiranga, em São Paulo.

A professora de libras Soraia Baccioci foi presa em Campo Grande (MS), cidade onde mora. Ela é formada em turismo e pedagogia. Randolfo Antonio Dias foi localizado pela Polícia Federal no Bairro Luxemburgo, região centro-sul de Belo Horizonte (MG). Ele é suspeito de financiar os ataques golpistas de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes.

O empresário Raif Gibran Filho, sócio-administrador do restaurante Rústico Premium Grill, na Vila de São Jorge, em Alto Paraíso de Goiás (GO), também foi um dos alvos da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, contra suspeitos de participação nos atos terroristas em Brasília, no último dia 8 de janeiro.

Durante o cumprimento do mandado de prisão, o homem pulou a janela da residência para fugir da abordagem policial.

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