Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), a Operação Catrapo II, que tem como objetivo descapitalizar e prender membros de uma organização criminosa responsável por traficar cocaína da Bolívia e do Peru para a Europa. Investigação da PF aponta que Mato Grosso é um ‘ponto de abastecimento’ da quadrilha, que tem R$ 100 milhões de patrimônio identificado.
Conforme divulgado, ao todo, são 13 mandados de busca e apreensão, 15 de sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas, além de dois mandados de prisão temporária e um preventiva – sendo este último cumprido na Bélgica.
As ordens judiciais são cumpridas em Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. Todas as medidas foram expedidas pelo Juízo da 5ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Mato Grosso.
Segunda fase
Nesta fase, a PF identificou que além do tráfico, a quadrilha age com lavagem de dinheiro. Foram identificados R$ 100 milhões em bens, como aeronaves, imóveis e veículos de luxo. Os bens eram utilizados para ocultação patrimonial.
No decorrer da primeira fase da Operação Catrapo, deflagrada em 6/7/2022, foram indiciados 16 indivíduos por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico. Além disso, houve o sequestro e a apreensão de aproximadamente R$ 50 milhões e a interceptação de 2,1 toneladas de cocaína.
Durante as investigações, a organização mostrou-se altamente estruturada, com capacidade para gerir grandes somas de dinheiro e absorver perdas significativas em decorrência das apreensões de drogas, aeronaves e outros bens, ocorridas desde o início das apurações policiais.
Destaque-se que a cooperação internacional se mostrou como instrumento fundamental para a eficiência da investigação, possibilitando a realização de diligências no exterior, além do cumprimento de medidas cautelares.