Perseguida por Carlinhos Bezerra, Thays ligou “em desespero” ao 190 na madrugada do dia em que foi morta

POR: REPORTER MT

A advogada Thays Machado, morta pelo ex-companheiro, Carlinhos Bezerra, fez uma ligação “em desespero” ao 190, número do Ciosp, no momento em que foi abordada pelo homem, na madrugada do dia 18 de janeiro, ao sair do Aeroporto Marechal Rondon. Poucas horas depois, no mesmo dia, ela seria assassinada.

Carlinhos perseguia a vítima há meses. Na madrugada de 18 de janeiro, Thays foi ao aeroporto para buscar o atual namorado, com quem estava a menos de um mês, para buscá-lo. O casal foi abordado por Carlinhos, que ameaçou e mostrou uma arma de fogo.

“Eram 3h55 da madrugada de 18 de janeiro, quando Thays fez contato com o Ciosp pelo número 190 e relatou, em desespero, que estava na Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha), quando foi seguida pelo autor dos homicídios. Ela contou ainda que ele costumava andar armado”, diz o inquérito da Polícia Civil, concluído nesta sexta-feira (27).

Na ligação, ela foi orientada a procurar a Delegacia da Mulher e foi solicitado que entrasse em contato, “caso fosse necessário”.

Thays não procurou a Delegacia da Mulher para formalizar a denúncia e pedir medida protetiva.

Um pouco mais tarde, por volta das 17h daquele dia, ela e o namorado, Willian Moreno, foram mortos na calçada do edifício Solar Monet, onde mora a mãe dela.

Thays tinha ido ao local para deixar o carro da mãe na garagem e, ao sair na portaria para aguardar a chegada de veículo de transporte por aplicativo, foram surpreendidos pelo indiciado, que conduzia um Renault Kwid, e fez os disparos contra Thays e Willian.

Inquérito

A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (27.01) o inquérito que apurou o assassinato das vítimas Thays Machado e Willian César Moreno, ocorridos há nove dias, em Cuiabá, e indiciou o autor, C.A.G.B., de 57 anos, por homicídio qualificado e perseguição majorada. Pela morte de Thays, o autor responderá pela qualificadora de feminicídio.

O delegado responsável pela investigação, Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, encaminhou o inquérito ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual para a sequência dos atos de persecução penal.

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