Operação que prendeu ex-secretário tem dois servidores do HMC como alvos e apreende quantia em dinheiro

Polícia cumpriu buscas na casa deles e a participação no esquema ainda não foi esclarecida
Foto: Divulgação/PJC

Investigadores da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) apreenderam R$ 30.962 mil na casa do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues. Ele é um dos principais alvos da Operação Hypnos, que investiga um esquema de desvios de verba da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).

Célio está preso desde as primeiras horas da manhã. Polícia cumpriu ainda 6 mandados de busca e apreensão, dois afastamentos cautelares do exercício de função pública, além do sequestro de R$ 1 milhão, que recai sobre o patrimônio de duas pessoas e de uma empresa, investigados por suspeita de participar do esquema.

Dois alvos ainda são servidores do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Polícia cumpriu buscas na casa deles e a participação no esquema ainda não foi esclarecida. Em nota, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que apesar de a operação investigar desvios na ECSP, a empresa não foi alvo da ação.

Investigação  

A investigação é fruto de uma auditoria da Controladoria-Geral do Estado, que apontou indícios de desvio de dinheiro na ECSP. Depois disso, foram constatadas várias irregularidades em pagamentos, chegando ao montante de R$ 1 milhão.   

Segundo a Deccor, tudo indica que o dinheiro foi desviado dos cofres da Saúde de Cuiabá e foi direcionado de forma indevida durante a pandemia da covid-19.   

A apuração aponta, em tese, que foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-las.   

Consta ainda que as empresas não tinham sede física ou local informado. As evidências demonstram que se trata de uma empresa fantasma e os sócios seriam laranjas.    

Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública.

Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.  

Nome da Operação

Hypnos faz referência a um medicamento Midazolan, que é indicado para insônia.

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