O assassinato do advogado Roberto Zampieri, chamou mais uma vez a atenção quanto a falta de segurança em Mato Grosso. A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, esteve reunida nesta quarta-feira (6), com o Secretário de Segurança Pública Cel Cesar Roveri, para buscar informações e pedir celeridade na investigação da morte do advogado. O crime também levou os deputados estaduais a cobrarem por um trabalho de “inteligência” com caráter preventivo e o aumento do efetivo das polícias Militar e Civil em Mato Grosso.
O advogado Roberto Zampieri, foi assassinado a tiros na noite de terça-feira (5), quando deixava seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O atirador estava de “tocaia”, a espera de Zampieri.
Desde os primeiros momentos, após o crime, a OAB-MT vem acompanhando as investigações. Gisela afirmou que a advocacia não será silenciada e cobrou celeridade nas investigações da morte de Zampieri.
“Solicitamos ao Secretário todo o empenho das forças de segurança para que possamos no menor tempo possível, chegar ao desfecho das investigações desse crime brutal”, afirmou Gisela.
Conforme Gisela, o secretário Roveri assegurou que todas as medidas já estão sendo tomadas com a urgência que o caso requer.
Durante a sessão de quarta-feira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), falou sobre a sensação de impunidade dos criminosos que estão cometendo ações em locais abertos, como o Shopping Popular.
“Os criminosos não estão respeitando nada. Não estão tendo medo de ir no meio da rua, de ir no Shopping Popular, que é cheio de gente, ir em concessionária. A Polícia Militar está agindo duramente, mas é preciso fazer um trabalho maior de inteligência”, pontuou Botelho.
O deputado Júlio Campos (União Brasil), também se manifestou sobre a morte do advogado. Para o parlamentar mesmo diante dos investimentos do governo nas forças de segurança, o número de policiais é insuficiente para cobrir a quantidade de habitantes em Mato Grosso.
“A segurança pública de Mato Grosso, por mais esforço que está fazendo, por mais equipamento que o governador Mauro Mendes tem contratado, não dá conta da bandidagem que tem no Brasil. Precisa de material humano, a Polícia Civil e Militar está desfalcada pelo número de habitantes que temos (sic)”, disparou o deputado.
Júlio disse ainda que este é o momento de repensar a necessidade de promover operações especais para cumprimento de mandados de prisão em aberto.
“Não tem sentido cobrar da segurança pública se juiz libera o bandido. Esse homem que cometeu esse estupro em Sorriso estava no terceiro crime. Tem que ter operação para ver quantas pessoas estão condenadas e soltas”, falou Campos, mencionando o caso no interior do Estado em que quatro mulheres da mesma família foram vítimas de um predador sexual.