O segundo turno é uma eleição diferente


 WILSON CARLOS FUÁH

O segundo turno é uma eleição diferente, é uma nova eleição, tudo que passou é passado, mas esse passado serve também para a avaliação de erros e o planejamento centrado contra um adversário único.

As dúvidas estão soltas no ar e nas cabeças de todos: até onde será importante buscar apoio dos vereadores eleitos? Será que é importante mudar a imagem do candidato? Será que entonação da voz vence eleição? Será que é a hora de contratar um novo Marqueteiro, e que saiba trocar pneus com o carro andando?

São tantas dúvidas, sem deixar de pensar nas dívidas.

Veja que o 2º turno é uma nova eleição com muitos ingredientes políticos e até com novas características: a começar pelo horário eleitoral gratuito, que terá o tempo absolutamente igual para os dois candidatos, por isso, é importante usar preparar para o enfrentamento “olhos nos olhos”, e com certeza haverá a tentativa de desconstrução da imagem do candidato, buscando no passado do adversário, tudo que este fez de errado e soltar no ápice da discussão e no momento final do embate.

O segundo turno é como se fosse uma decisão de campeonato com prorrogação, as duas equipes já estão cansadas e tem pouco tempo para recuperar as energias, pois a folga é de uma semana. É o recomeço do jogo com o placar zerado, o importante é desfazer o clima do “já ganhou”, pois todos os detalhes são importantíssimos e são os pequenos objetos que provoca grandes tropeços.

Agora, cabe a nós eleitores não ser omissos, esse ato não ajuda a construir a democracia, pois é votando que se aprende a votar, mas infelizmente o resultado do primeiro turno foi registrado número absurdo de preguiçosos democráticos, por protesto ou por nojos aos políticos.

O voto é uma ação que pode mudar tudo que está errado na vida da cidade, pois é através dele que mantemos a democracia e dá a possibilidade real de trocar os dirigentes incompetentes e desonestos, e a vontade da maioria vence, mas o resultado depende do seu voto, fica a certeza de que nem sempre a maioria é a melhor da composição da sociedade, porque como forma de protesto, metade dos eleitores não está votando.

Em cada eleição são promovidas as mudanças, e as legislações vão sendo aperfeiçoadas, e as relações políticas entre candidatos e eleitores vão sendo modificados para melhor, pois há a possibilidade de tirar do meio político, as sujeiras das relações corruptas nas compras de votos e essa faxina eleitoral ficaria impossível se não houver a participação do povo.

O importante é votar, pois de eleição em eleição, é que aperfeiçoamos a própria democracia, e nos dá a certeza de que o segundo turno também funciona como a purificação da vontade dos eleitores e devolvendo ao povo subproduto do que sobrou, sendo caracterizado como o último filtro e a última peneira fina, da democracia nesta eleição.

 WILSON CARLOS FUÁH – é Economista, Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas.

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