O homem bom: Desde sempre o homem lutou consigo mesmo na busca do seu destino

Onofre Ribeiro

Desde sempre o homem lutou consigo mesmo na busca do seu destino. Como o destino nunca foi escrito e cada um escreve o seu, o tema é provocativo. Um olhar no tempo das cavernas, já se via o conflito. Caçar para comer, matar para se defender. Matar para ampliar os territórios de vida e de caça. Mais tarde, a luta por alimentos implicou em guerras e invasões.

Com o passar do tempo a evolução do homem tornou-o mais competitivo e mais cruel na medida em que as ambições aumentaram. Quando vemos as grandes guerras mundiais à luz da paz social, elas foram absurdas. Mas quando olhamos com olhos de evolução, elas tiveram seu lado proveitoso. Exemplo disso são as tecnologias que sustentam o mundo atual que nasceram ali, como resultado das pesquisas para fins militares.

O bem e o mal convivem de costas um para o outro. O mesmo homem capaz de um gesto de extrema crueldade movido pelas circunstâncias, como as guerras, é capaz de um gesto grandioso como desenvolver vacinas que salvam milhões.

Nos tempos atuais nada é mais contraditório que exercer a bondade. O universo das escolhas e das oportunidades nunca foi tão extraordinário. Num momento a mesma escolha por assumir faces diferentes. Porém, na essência, todos somos bons. Nascemos para sermos bons. As circunstâncias da vida é que nos empurram pra um lado e para o outro.

Os dogmas religiosos e a ética coletiva desenvolvidos ao longo dos últimos séculos nos apontam tantos caminhos. Mas é a essência divina que nos dá o privilégio da livre escolha. Cada um escolhe segundo as suas circunstâncias. O filósofo espanhol Ortega y Gasset disse: “eu sou eu e a minha circunstância”. O que isso nos diz? Cada momento da vida impõe uma circunstância e uma escolha. O olhar sobre as circunstâncias aponta o bem ou o mal. De novo, vem o poder das escolhas.

Portanto, ser bom ou ser mal nos dias de hoje, com tanta oferta de informações, nada mais é do que o olhar para dentro de si mesmo. Lá a verdade essencial não mente e não engana. Por último, o coração indica com certeza o erro e o acerto. Tem o próprio código de ética e o senso de humanidade. Por mais que no futuro o mundo avance nas tecnologias e nas mudanças do comportamento humano, o bem estará sempre dentro de cada circunstância. Por mais diferentes que sejam as linguagens do amanhã, as circunstâncias sempre existirão.

Esse tema e outros serão abordados em profundidade no 7º. Congresso Espírita que se realizará em Cuiabá de 30/5 a 2 de junho.

Onofre Ribeiro – é jornalista em Mato Grosso.

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