“Não é a secretaria que vai determinar se o prefeito deve ou não fazer festa”, diz secretário

Diante da alta nos números de casos da covid-19 em Mato Grosso, tem gerado um debate sobre a realização do carnaval nos municípios, que pode dobrar o registros da doenças. De 1° de janeiro até o dia 7 de fevereiro o estado já registrou 8.843 casos da covid-19, e 19 pessoas morreram em decorrência da doença, conforme dados divulgados no painel epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, atualizados até a manhã desta quarta-feira (7).

O aumento exponencial de casos já é tratado como uma nova onda da doença, principalmente com o surgimento de uma nova variante no estado, a JN 2.5.

Nesta terça-feira (6), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em conversa com jornalistas foi questionado se há possibilidade da pasta emitir recomendações aos municípios para o cancelamento do Carnaval. Conforme ele, essa determinação não cabe à pasta que ele chefia, mas sim aos gestores municipais.

“A secretaria de Estado não se envolve na autoridade municipal. Desde o início da pandemia tem sido uma decisão do nosso governo que cada gestor adote medidas dentro do seu território, que é autoridade local. Então não é a secretaria que vai determinar um prefeito se ele deve ou não fazer festa. Os nossos boletins têm as orientações para a população e para os gestores adotarem as medidas necessárias”, explicou o secretário.

Desde janeiro,  ao menos 7 municípios do estado voltaram a recomendar o uso de máscaras como forma de prevenir o contágio pela doença. 

Ainda nesta terça-feira, o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso (Sindessmat) apontou um aumento de 300% nos casos diagnosticados somente em um hospital particular de Cuiabá.

Nesta terça-feira, a Prefeitura de Cuiabá anunciou uma força-tarefa para conter o avanço de casos de
da doença. Entre as ações, afirmou que adotou um plano de ação que inclui a disponibilização de 18 leitos de enfermaria de retaguarda à rede de atendimento das UPAs e policlínica, 10 leitos de UTI adulto. Também formalizou a compra emergencial de 50 mil testes rápidos de covid-19 para atender as unidades de saúde.

Nesta quarta-feira, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (UB), recomendou que os prefeitos das cidades com maior número de contágios suspendam as festas de Carnaval. Botelho se recuperou recentemente da doença.

“Nos falamos porque o secretário de Estado Gilberto disse que não tem nada para alarmar, mas existem alguns municípios que tem apresentado sim  grandes números de casos, então a orientação foi para esses municípios. Então que os prefeitos analisem bem isso, se tiveram aumento de casos de covid-19 suspendam o Carnaval, então é para cada um analisar seu município”, alerta Botelho.

Vale destacar que atualmente as cidades apresentam risco muito alto de contaminação. São elas: União do Sul, Porto dos Gaúchos, Serra Nova Dourada, Alto Boa Vista, Luciara, Araguainha, Barra do Bugres e Diamantino. Outras 42 cidades apresentam risco alto.

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