Nos primeiros meses deste ano foram notificados 216 casos de malária em Mato Grosso, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde ( SES-MT). Os municípios com maior incidência de casos, são Aripuanã, Pontes e Lacerda e Colniza. A doença atinge populações de maior vulnerabilidade social e ainda representa um problema de saúde pública.
Nesta semana, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de prevenção e combate ao mosquito transmissor da malária, com foco na região Amazônica, que concentra 99% dos casos no país.
Nos últimos quatro anos, o estado registrou mais de 11 mil casos da doença. Em 2019, foram registrados 2.275 casos no estado, número que aumentou, em 2020, para 3.587 casos e, em 2021, para houve o registro de 4.225 casos.
Em 2022 foram 1.590 casos, porém o levantamento de 2022 ainda apresenta dados parciais, porque alguns municípios ainda estão atualizando o sistema, e pode sofrer alterações.
De acordo com Oberdan Ferreira, secretário adjunto de atenção e vigilância em saúde da Ses, a secretaria realiza ações de combate e prevenção a doença principalmente nas regiões de garimpo. “Nós realizamos treinamento das equipes de saúde e distribuição de testes rápidos para que a gente possa detectar em tempo oportuno a doença e dessa maneira iniciar o tratamento e eliminar a transmissão”, disse.
Ainda segundo o secretário, são realizadas ações de distribuição de mosqueteiros com inseticidas, além do uso do fumacê nas regiões rurais.
Sobre a doença
A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave. A infecção pode acontecer por picada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
Entre os sintomas, a pessoa infectada pode apresentar febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e suor excessivo, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo da doença, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
O período de incubação varia de 7 a 28 dias a partir do momento da picada. Para confirmar o diagnóstico, as unidades básicas de saúde fazem o teste rápido, que consiste em retirar uma gota de sangue da ponta do dedo e analisar. O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é feita por via oral e não deve ser interrompido.
Recomendações
-Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro quando estiver em zonas endêmicas
-Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
-Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
-Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito, se tiver febre, procure atendimento médico;
Com informações da Assessoria