Movimentos sociais negros realizam ato ‘Justiça para Mãe Bernadete e Binho’ em Cuiabá

Foto: Lupita Amorim

O Ato “Justiça para mãe Bernadete e Binho” foi realizado nesta quinta-feira (24), em frente ao centro cultural Casa das Pretas, na praça da Mandioca, em Cuiabá. O protesto pedia justiça pelo assassinato da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, reconhecida nacionalmente pela luta em prol dessa população. O ato também cobrou punição dos responsáveis pela morte do filho dela, Flávio Gabriel Pacífico, de 36, conhecido por Binho do quilombo, assassinado em 2017.

Conforme explica a integrante do Coletivo Negro Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Lupita Amorim, o protesto tem como objetivo dar um fim na violência. 

“Os movimentos sociais negros de Mato Grosso que integram a Coalizão Negra por Direitos se reuniram hoje para manifestar nossas indignações, queremos o fim da violência policial e de Estado, pois nossas crianças e o povo negro querem viver! Chega de chacinas! Mãe Bernadete e Binho Presentes!”, desabafa Lupita.

Durante a manifestação havia cartazes com frases de ordem que ficavam em punho e estendidos nas ruas da proximidade. Estiveram presentes autoridades e representantes de outros movimentos sociais, além do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso, Coletivo Negro Universitário UFMT, UNEGRO Pantanal, Movimento Negro Unificado – Mato Grosso; Ile Ase Egbe Ketu Omo Orisa Odé, Ilè Okowòo Asè Iya Lomin’Osa, Centro Espírita Nossa Senhora da Glória; Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação; Rede Nacional de Religiões Afro-brasileira e Saúde em Mato Grosso (Renafro-MT).

Mãe Bernadete

A líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, foi assassinada a tiros dia 17 de agosto, em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (BA). Nome respeitado nos movimentos sociais do Brasil, Bernadete chefiava o Quilombo Pitanga dos Palmares e fazia parte da direção da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Ela também era mãe do quilombola Flávio Pacífico dos Santos, o Binho do Quilombo, assassinado em 2017.

Os familiares que presenciaram o crime, disseram que dois homens armados invadiram o terreiro de candomblé onde Bernadete comandava na região e abordaram a líder quilombola ao lado dos netos. Os jovens foram trancados no quarto e Bernadete executada com 14 tiros. Não havia nenhuma vigilante na hora do crime porque ela não integrava o programa de a defensores de Direitos Humanos do governo da Bahia

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