Empresário se destaca no segmento de móveis rústicos na baixada cuiabana

De um lado a beleza, inovação e sustentabilidade. Do outro, resistência, equilíbrio e charme. Tudo isso com muito respeito pela natureza. Assim são os móveis rústicos na Gley Cruz Móveis Rústicos, localizada na MT-241 em Chapada Dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá). Sucesso em todo o estado e importando para todo Brasil, a loja se consolidou na baixada cuiabana conquistando seu espaço. 

Frente aos negócios está o empresário Gleiciel Cruz, que ultrapassou vários obstáculos até conseguir alcançar o sonho de montar o seu próprio negócio. O Cuiabá Notícias foi conferir mais uma história de sucesso no empreendedorismo de Mato Grosso.

Gley, como gosta de ser chamado, nasceu em Cáceres, (a 225 km de Cuiabá), aos 7 anos a família se mudou para Chapada onde se consolidaram como empreendedores. A mãe montou um restaurante, em um dos cartões postais de Mato Grosso, a cachoeira Véu de Noivas. Aos 18 anos Gley montou seu primeiro negócio, uma loja de celulares, mas não deu certo naquela época.

“Eu sempre trabalhei ajudando minha família. Sempre tive esse lado de empreendedorismo dentro de mim, a minha família toda é comerciante. Minha mãe sempre diz que eu sou o filho mais maluquinho que corre atrás, e quando quer algo consegue”, conta o empresário.

Jovem e cheio de sonhos, o empresário se mudou para Portugal, em busca de novos horizontes, morou lá ficou dez anos. Em uma das visitas à família em Chapada, resolveu fazer uma viagem para Minas Gerais, lá teve uma virada de chave, e sentiu a necessidade de crescer e buscar novos desafios, mas desta vez ao lado da família.

“Eu estava a passeio em Chapada, e eu já queria voltar para o Brasil. Então resolvi fazer uma viagem com meu tio para Minas, e lá tem muitos móveis rústicos pelos vilarejos do interior. E viu essas lojas de móveis rústicos e me apaixonei, criei uma paixão instantânea.  Foi aí que pensei, acho que essa linha de móveis tem potencial, nunca sai de linha combina com o moderno e tem a cara de Chapada.  E comecei a empreender no ramo com uma loja pequena, estoque pequeno e logo surgiu oportunidade de um local maior, que é onde estamos hoje na entrada da cidade”, lembra.

“No começo tive muita dificuldade para montar um bom estoque. Quando a gente tem dinheiro tudo é muito fácil, mas quando não tem, quando é no peito, na raça é tudo mais difícil. Mas graças a Deus a loja foi crescendo e conquistando seu espaço e cada vez mais clientes”, acrescenta.

A Gley Cruz Móveis Rústicos conquistou espaço no mercado e atende todo o país. Com móveis de madeira de demolição, uma madeira antiga, que ao ser trabalhada, se transforma em um móvel novo, e seguindo a tendência de mercado, no que se diz de móveis rústicos o empresário preza sempre pela sustentabilidade unindo sua responsabilidade social a uma postura ecologicamente correta.

“A vantagem da madeira de demolição é que ela é 100% ecológica, é uma madeira que já foi utilizada em um ambiente, e esse ambiente foi demolido, e essa madeira se torna um móvel de alto requinte, sofisticado”, frisa.

O mercado de móveis rústicos vem ganhando espaço na decoração de ambientes, seja residencial, comercial ou casas de campo e litoral.  A matéria-prima, proveniente do processo de reaproveitamento de madeiras nobres, traz consigo o conceito de sustentabilidade, dando origem a móveis e artigos de decoração de alto valor agregado. Portanto, a utilização dos móveis rústicos em ambientes decorados de todos os tipos, inclusive em eventos requintados, está em alta.

A tendência é bastante procurada por designers de interiores, arquitetos e por clientes solos que fazem sua própria decoração em casa.

“Rústico com o moderno nunca vai sair de linha. Os arquitetos e designer interiores trazem os clientes para conhecer as peças e escolher. Outros clientes já vem com a sua opinião própria, chega aqui e fala eu quero essa peça e pronto, ai o arquiteto que vai ter que encaixar no projeto dele. E nós já temos um tempo no ramo e acaba dando uma ideia para o cliente às vezes, mostrando que vai ficar legal em casa”, pontua.

A fabricação das peças é feita em Minas Gerais, e possui um acabamento de alta qualidade. Por lá você encontra mesas, cadeiras, armários, guarda-roupas, jogos de bancos, mobílias, painéis, racks, decks, pergolados, armários planejados e peças de decoração.

Sempre atento às tendências do mercado, o empresário começou a trabalhar também com móveis com o estilo tronco, que são peças usadas com troncos de madeiras, cordas náuticas e sintéticas.

“Além de móveis de madeira demolição, temos ainda material de corda náutica que é uma tendência no mercado, também de durabilidade que aguenta sol e chuva. E a corda sintética também, e estamos começando a trabalhar com peças de madeira tronco. Hoje temos um mix de móveis rústicos e modernos”, detalha o empresário.

As peças do showroom variam de R$ 690 reais a R$ 18 mil, sendo que as mesas de jantar, cristaleiras e os jogos de bancos são os produtos mais vendidos pela empresa.

“Temos um showroom completo, Chapada é uma cidade turística, vem muita gente de fora, conhece nossos produtos e gostam da qualidade, acabamento e beleza. Com isso a gente vende não só para a cidade, mas para todo o estado, todo o Brasil”, frisa.

DESAFIOS DO MERCADO 

O empresário pontuou que após nove anos no ramo ainda enfrenta desafios, o cenário atual do país, deixa uma insegurança. Além disso, aponta que desde final de 2023, ele e demais comerciantes de Chapada Dos Guimarães estão sofrendo com problemas no trecho do Portão do Inferno, na MT-251, que liga Cuiabá ao município, principal rodovia de acesso à cidade.

O trecho chegou a ser interditado diversas vezes pela Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), devido ao desabamento de terra no local. Isso impactou diretamente no fluxo de turistas e consequentemente nas vendas do comércio em geral na cidade e no turismo.

Nesta quinta-feira (27), a Sinfra publicou uma nova portaria estabelecendo novas regras mais claras sobre a permissão de passagem de veículos pela rodovia, que podem passar pelo trecho entre os dois pontos de pare e siga veículos automotores com Peso Bruto Total (PBT) de até 3,5 toneladas. Isso inclui os veículos de transporte coletivo de passageiros que tenham essa especificação.

“Infelizmente passamos por uma grande dificuldade, além da situação atual do país, também a situação do bloqueio no paredão no trecho do Portão do Inferno que está atrapalhando todo comércio local. Isso está afetando bastante, porque as pessoas preferem vir na loja para ver os móveis pessoalmente, mas quando pensam que vão ficar horas na rodovia não veem. Mas a gente não pode desistir, tem que levantar a cabeça e continuar, porque a gente depende disso aqui para sobreviver. Acreditamos que isso vai se resolver logo e as coisas vão voltar  a ficar bem para todos nós”, declara.

Gley deixa uma mensagem para quem deseja empreender. “É preciso trabalhar com persistência e perseverança, ultrapassando os obstáculos com estudo, planejamento e gestão. O que nunca podemos é deixar  de  sonhar”, finaliza.

 

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