O Ministério Público Estadual (MPE) vai instaurar um inquérito para investigar a morte de cinco bebês infectados por uma superbactéria no Hospital Estadual Santa Casa em Cuiabá. O promotor de Justiça Milton Mattos, da 7ª Promotoria de Justiça Civil de Cuiabá será o responsável pelo caso.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do MPE nesta sexta-feira (17), após a confirmação das mortes pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) pelos vírus Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC).
Posição da SES
Em nota, a Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou que os pacientes chegaram ao hospital por meio de outras unidades de saúde, já infectados pela superbactéria. No entanto, de onde as crianças foram transferidas.
Os pacientes estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, que atende recém-nascidos e bebês nos primeiros meses de vida.
“Para receber os pacientes, o Hospital Estadual realizou exame protocolar de cultura de vigilância para determinação do tipo de leito, isolamento de contato e proteção. O exame identificou a existência da infecção”, diz trecho da nota.
“A infecção não foi o motivo da internação. A infecção pela bactéria só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no hospital”, diz outro trecho da nota.
Ainda segunda a SES, as infecções deveriam ter sido identificadas e tratadas antes, quando os pacientes ainda eram assistidos por outras unidades de saúde. A ação rápida, nestes casos, pode evitar o agravamento do caso e um surto pela bactéria.
“As equipes especializadas do Hospital Estadual Santa Casa envidaram todos os esforços para conter as infecções, que já eram consideradas graves no momento da internação dos pacientes na unidade”, diz trecho da nota.
“Todos os medicamentos necessários para o tratamento da infecção foram disponibilizados pelo hospital. Os leitos ocupados pelos pacientes infectados foram bloqueados, desinfectados e já estão em pleno funcionamento”, diz outro trecho da nota.
Segundo o Governo de Mato Grosso foram notificados a Vigilância Sanitária, o Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que também auxiliaram na contenção da infecção.
Ao final, o órgão informou que os leitos ocupados pelos pacientes infectados foram bloqueados, desinfectados e já estão em funcionamento.