Morador de MT acusado de tentar explodir caminhão no DF diz à CPI que foi ameaçado pela extrema direita

Em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (29), o morador de Comodoro (a 631 km de Cuiabá), Alan Diego dos Santos alegou ter sido ameaçado para transportar a bomba que foi armada nas proximidades do Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de dezembro 2022. Devido a declaração de Alan, o presidente do colegiado, Chico Vigilante (PT), determinou que seja realizada uma nova sessão, secreta, para que o acusado seja ouvido novamente.

O mato-grossense chegou à CPI acompanhado por advogados e reafirmou que colocou o “artefato” no caminhão-tanque, próximo ao Aeroporto de Brasília, para cumprir uma ordem de George Washington de Oliveira Sousa. 

Durante o depoimento, se negou a responder várias perguntas, mas afirmou que estava sendo ameaçado. Questionado pelo presidente da CPI, se as ameaças vinham da extrema-direita da política. Alan foi categórico: “Sim”. 

Embora Alan Diego ter afirmado que sofreu ameaças e citado que já havia relatado as supostas ameaças às autoridades e que, se a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) der garantias, falará novamente à CPI. No entanto, a afirmação não consta em seu depoimento à Polícia Civil do DF.

“Minha parte eu tinha feito, foi por um ato de ameaça. Várias pessoas me ameaçaram. Não posso falar quem me ameaçou. Mas foi mais de uma pessoa. Ameaça à minha vida. Eu pedi para falar com delegados antes de entrar aqui, porque tem coisas que eu não posso falar aqui. Tem coisas que eu não posso falar, porque não posso correr risco, e nem a minha família. Se me derem garantias. [As garantias] de liberdade. Eu consigo provar a minha inocência [estando solto]. Por isso, não vou falar aqui”, disse o bolsonarista

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