Criado em 2017 com o objetivo de promover a inclusão de mulheres em situação de vulnerabilidade social através do empreendedorismo, o Programa de Extensão Teresa de Benguela, desenvolvido pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) recebeu, nesta quinta-feira (30), a visita da ministra da Mulher, Cida Gonçalves.
Denominada “Falas de Tereza”, o projeto já proporcionou, para mais de 1.500 mulheres residentes nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Juína e Vila Bela da Santíssima Trindade, 16 cursos profissionalizantes, fazendo com que essas beneficiárias levassem sustento e dignidade para suas famílias.
“Essa linda iniciativa é de extrema relevância para a autonomia econômica e desenvolvimento de brasileiras que estão em situação de vulnerabilidade. O projeto tem mostrado que é possível contribuir para que essas mulheres tenham condições de fato de serem microempreendedoras, terem seu próprio negócio, e a partir de algo que é muito importante, a educação, construam sua vida e alcancem cidadania e dignidade. Esse projeto pode ser uma referência para ações futuras do Ministério em parceria com prefeituras e governos”, afirmou.
“Geração de renda, autonomia social e inserção feminina no mundo do trabalho são temas importantes para o combate à desigualdade de gênero”, completou a ministra
As principais vertentes do projeto são: gerar produtos, negócios e empreendimentos liderados por mulheres, contribuir na promoção da autonomia econômica e financeira de mulheres em vulnerabilidade social e contribuir na promoção do empoderamento feminino e combate à violência contra a mulher.
Visando a inserção das moradoras na bacia do Rio Juruena no Projeto Teresa de Benguela, o ministério realizou a entrega simbólica de um barco a motor, que servirá de transporte para as mulheres indígenas Rikbaktsa.
O presidente estadual do PT, deputado Valdir Barranco alertou para o grande número de casos de feminicídios existentes em Mato Grosso, e conclamou os homens para entrarem na luta pelo fim da violência contra as mulheres.
“Muitos homens costumam se comportar como proprietários de suas companheiras. Possibilitar independência financeira para essas mulheres é livrá-las da permanência em lares violentos, é uma forma de liberdade”, disse Barranco.
Após participar de uma roda de debates com mulheres de diferentes origens beneficiadas com o projeto Teresa de Benguela, a comitiva da ministra Cida Gonçalves também esteve no presídio Ana Maria Couto, onde existe uma extensão do programa que atende 250 reeducandas.
Novos programas
O reitor Julio César dos Santos destacou a parceria estabelecida com o Ministério das Mulheres e todo o apoio recebido das Bancadas Federais da Câmara e do Senado no aporte de recursos para a execução do programa Teresa de Benguela e a sua ampliação em 2024.
“Este é um momento de consolidação e reconhecimento de um programa que há vários anos vem promovendo a transformação na vida de muitas mulheres de Mato Grosso. Esperamos continuar contando com esse apoio não apenas para o Teresa mas também para o Dom Pedro Casaldáliga e outros programas que estão sendo planejados para 2024, como o Maria Taquara de combate ao racismo”, detalhou o reitor.