Mês do Orgulho LGBTQIA+ e a luta por igualdade

Mirian Graça, Especial para o CN

Reprodução

O Orgulho LGBTQIA+ é celebrado mundialmente durante o mês de junho. Na quarta-feira (28), foi celebrado o dia do Orgulho LGBTQIA+. No dicionário Aurélio, a palavra Orgulho significa: Excesso de admiração que o indivíduo tem em relação a si próprio, baseado em suas próprias características, qualidades ou ações; 

No ano de 1978 em meio a Ditadura Militar no Brasil, já existia o Movimento Gay, que reivindicava uma revolução nos costumes da sociedade brasileira da época, pela própria liberdade sexual. 

De 1978 até os dias atuais, as pautas e a sigla do movimento se ampliaram significativamente. O que antes era conhecido como Movimento Gay, composto por maioria homem. Hoje o movimento é composto por lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo e assexuais e mais (LGBTQIA+). O movimento luta por igualdade, respeito e inclusão. 

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu  a união estável de casais homoafetivos. E em 2015, o STF autorizou casais homoafetivos a se habilitarem para a adoção. Nos últimos quatro anos, o número geral de adoções aumentou 113%. Com isso, todos os direitos que um casal heterossexual tem, eles também tem, como o direito de oficializar a união, adotar uma criança e doar sangue.

De acordo com o Cartório de Registros, foram registrados 3.700 casamentos homoafetivos no ano de 2013. Em 9 anos, o número de casamentos homoafetivos teve um crescimento significativo. No ano passado (2022), foram registrados 12.987 casamentos homoafetivos no Brasil. 

Clovis Arantes/Arquivo pessoal

O Cuiabá Notícias entrevistou Clovis Arantes, educador e presidente da Associação da Parada LGBTQIA+, é um dos fundadores do movimento no estado de Mato Grosso e faz parte do grupo Livre Mente em Cuiabá. Ele contou um pouco sobre a realidade da comunidade LGBTQIA+, algumas mudanças que tiveram nesses últimos 28 anos em que tem se engajado na luta e o que o impulsionou a lutar.

“Eu acredito que nesses últimos 28 anos, a sociedade mudou. A própria sociedade tem se organizado para não permitir algumas violências que foram normalizadas durante muito tempo”, contou.

Clovis disse que o que impulsionou-o a lutar pela causa LGBTQIA+ foi a necessidade de sobreviver. Disse ainda que há algumas coisas para se comemorar, como algumas representatividades que estão presentes na política.

“Nós avançamos em alguns campos, hoje nós temos deputados, deputadas e vereadores que são LGBTQIA+ . O Brasil teve no ano passado, a deputada mais votada em Minas Gerais e é uma mulher trans. Significa que a gente caminhou, não dá pra dizer que a gente não caminhou em alguns aspectos. É evidente que temos muito o que lutar e avançar e o grupo Livre Mente se caracteriza nesse sentido, ele continua organizando as pessoas LGBTQIA+ , ele acolhe e tem o intuito de ser referência para essa comunidade na capital”, comentou.

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