A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), afirmou ter sido agredida pelo vice-líder do governo, Renivaldo Nascimento (PSDB), nos bastidores da Casa de Leis durante a sessão desta terça-feira (8). Os fatos ocorreram antes da votação de abertura de comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), de autoria de Maysa.
“O vereador Renivaldo veio pra cima de mim com toda a força, irado, por conta de um vídeo que eu publiquei na internet, um vídeo que eu publicaria 10 vezes, um vídeo onde falei que não vieram trabalhar e não vieram trabalhar, não menti”, destacou.
“Tenho retidão de caráter eu nunca menti, eu nunca propaguei fake news, quando li o nome de cada um que faltou ou que foi embora eu não falei em nenhuma mentira, faltaram e foram embora, hoje dizerem que vão enterrar essa processante, legitima, vereador Renivaldo veio pra cima de mim com força de troglodita para dizer que minha mãe foi presa, cala a boca”, disse quando foi interrompida por Renivaldo.
A confusão teria ocorrido no café dos vereadores, na ante-sala ao lado do plenário. Maysa foi receber o suplente Álvaro Camargo (Cidadania) e parabenizava o presidente Chico 2000 (PL) pela reeleição quando Renivaldo chegou.
Segundo ela, o vereador reclamou de vídeo publicado em suas redes sociais no dia que a base de Emanuel esvaziou a sessão para não votar a abertura da processante. Ainda de acordo com a vereadora, Renivaldo teria falado que sua mãe foi presa enquanto exercia o cargo na Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).
Na tribuna, Maysa disse que irá registrar boletim de ocorrência na delegacia por violência política de gênero.
“Eu vou fazer um boletim de ocorrência contra o vereador por violência política de gênero. Ele tentou me intimidar com uma mentira, veio para cima de mim, veio com o corpo. Não deveriam ter separado. Deveriam ter deixado ele ter chegado as vias de fato pois assim ele iria embora no fundo do poço”, disparou Maysa.
O presidente em exercício, Sargento Vidal (MDB), deu direito de respostas a Renivaldo Nascimento que negou a suposta agressão. Ele criticou Maysa pela publicação e disse que tinha o direito de faltar a sessão. O vereadora também falou que foi vizinho da mãe de Maysa e explicou que ela foi alvo de um processo com outros servidores, mas foi a única a ser absolvida.
“Eu tenho direito de faltar a sessão. Esvaziar a sessão está previsto. Quem não está preparada para essa Casa é ela. Ela fez propaganda eleitoral e ganhou votinhos por isso aí, mas sinto por Cuiabá”, falou Renivaldo.
Maysa pediu direito de resposta ao presidente em exercício, que foi negado por ele entender que não houve ofensa.