O governador Mauro Mendes (União Brasil), afirma ser a favor do direito às manifestações, mas condenou o bloqueio das rodovias na manhã desta terça-feira (27), realizada por pescadores contrários ao projeto do Transporte Zero (1363/2023). Segundo Mauro, eles não podem bloquear rodovias, impedindo o trânsito de moradores e condutores.
As manifestações ocorreram na BR-070 e na MT-130, em Cuiabá, onde os manifestantes montaram barricadas.
“Manifestar é natural, todo mundo pode expor suas opiniões. Agora, manifestar bloqueando o direito de outros, isso é inadmissível no estado de direito. Se todo mundo que contrariar, quiser tolher, bloquear uma rodovia, isso não pode”, disse,
Mauro ainda relembrou o caso dos bloqueios bolsonaristas após o resultado das eleições presidenciais, no ano passado. Afirmou que se a barreira permanecer, o Estado irá intervir.
“Veja o que já aconteceu no Brasil? A determinação sempre será, não importa quem seja, ir lá conversar, dialogar, em primeiro momento. Mas, se persistir, o estado não pode tolerar este tipo de coisa”.
O PL passa pela segunda votação nesta terça, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Munidos com faixas de cartazes na pista, os pescadores impediram que veículos passassem pela rodovia como forma de pressionar os deputados, com o objetivo de sensibiliza-los contra o texto do governo estadual.
Sobre a pressão, Mauro afirmou que em momentos como este, é preciso tomar decisões necessárias, mesmo que haja forte oposição. Lembrou o início do mandato, em que chegou a ser vaiado por produtores rurais, contrários às mudanças no Fethab.
“As decisões têm que ser tomadas olhando para o futuro, não olhando para alguns que estão descontentes. Se fosse assim, o Estado estaria quebrado até hoje. Todas as medidas importantes que nós tomamos em 2019 e que levaram à recuperação econômica do Estado, todos geraram um protesto em faixa. Então, o administrador parlamentar tem que ter a capacidade e a coragem de analisar todas as medidas e tomar a decisão, corajosamente, olhando o presente e futuro”, pontuou.
