Mais de 900 empresas participam, nesta quarta-feira (29), do Dia Livre de Impostos (DLI) em Cuiabá. A ação propõe a comercialização de produtos e serviços sem a cobrança de tributos, com o objetivo de alertar a população sobre o impacto da alta carga tributária no Brasil.
O movimento é coordenado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá). “Não é desconto, nem promoção, e sim produtos livres de impostos”, enfatiza o presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnam.
O objetivo da iniciativa, criada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em 2003, é conscientizar a sociedade sobre o peso da tributação na formação final dos preços. A campanha serve também de alerta para o baixo retorno dos impostos nos serviços públicos.
“Ao chegar na loja e encontrar alguns itens sem imposto, o consumidor poderá perceber, na prática, o quanto a carga tributária influencia no valor final do que se paga. Esse é um exercício importante para todos nós”, explica Daniel Luiz Ferraz de Matos, empresário e diretor responsável pela CDL Cuiabá Jovem.
Este ano, no setor automotivo, um carro e duas motos serão vendidos sem impostos. A escolha dos compradores será definida por meio de sorteio e os interessados em adquirir veículos mais baratos terão que preencher um formulário no site da CDL Cuiabá para concorrer.
O DLI ocorre em maio para lembrar os brasileiros de que os cinco primeiros meses do ano são trabalhados praticamente para o pagamento de impostos. “O Dia Livre de Impostos é mais que uma data, é um manifesto contra a carga tributária abusiva que pesa no bolso de todos os consumidores”, enfatiza Júnior Macagnam, presidente da CDL Cuiabá.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o Brasil ocupou a 30ª e última posição no ranking do Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (IRBES) em 2024. De acordo com esse ranking, 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é usado para pagar a carga tributária.
Além de mostrar o impacto dos impostos na formação final dos preços pagos pelos consumidores, o movimento busca discutir a necessidade de melhorias nos serviços essenciais financiados pela tributação brasileira. “Estamos falando de serviços públicos fundamentais, como saúde, educação, segurança e infraestrutura”, cita Macagnam
