O quatro alvo da Operação Curare, deflagrada na manhã desta quinta-feira (20), pela Polícia Federal em Cuiabá e Chapada Dos Guimarães (a 65 km de Cuiabá), é a mãe do médico Milton Correia, que também foi alvo, Maria Peixoto Correia da Costa. Além de Milton e sua mãe, o empresário Douglas Castro e a ex-diretora da UPA, Thamara Ferreira Torres também foram alvos da operação.
As investigações apontam que o médico, que foi secretário adjunto e é proprietário da empresa Family Medicina e Saúde que presta serviços para a Secretaria de Saúde de Cuiabá. Conforme a PF, Milton retirava dinheiro de sua conta e depositava na conta da mãe.
De acordo com a PF, foram desviados mais de R$3 milhões da Saúde de Cuiabá. Além disso, a operação investiga inclusive, a cooptação de então ocupantes de cargos diretivos na gestão municipal, mediante pagamento de vantagens indevidas.
‘Há indícios robustos de que a conta bancária de Maria Peixoto Correa da Costa, genitora de Milton Correia, seja utilizada para a reincorporação de valores em espécie no sistema bancário e provavelmente também para a sua acumulação, supostamente fora do alcance dos órgãos de persecução penal”, diz trecho da decisão de busca e apreensão na casa dos alvos.
Porém, o montante se divide em diversos tipos de transações bancárias entre várias empresas, incluindo a Family Medicina e Saúde e VIP prestação de Serviços Médicos.
4° fase da Operação Curare
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (20) a 4ª fase da Operação Curare, visando a realização de diligências investigativas ostensivas, bem como de identificação e constrição patrimonial, em decorrência de atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde do Município de Cuiabá/MT, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões.
Como se apurou nas fases anteriores da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá/MT, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.
Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por um ex-servidor do alto escalão da gestão da saúde do Município.
As diligências demonstraram ainda que os recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave, que veio a se acidentar, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor.
Ao todo, serão cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá/MT e Chapada dos Guimarães/MT, além da efetivação de medidas de sequestro de bens, direitos e valores.