Lúdio acusa Botelho de articular derrubada do projeto sobre BRT

O pré-candidato a prefeito de Cuiabá, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), após a discussão no plenário durante sessão desta quarta-feira (3), com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UB), que também é pré-candidato a prefeito na Capital, acusa o colega de articular para que nove deputados retirassem as assinaturas do seu projeto de Lei, que previa a obrigatoriedade de um processo licitatório para concessão do serviço de operação para o Ônibus de Rápido Trânsito (BRT). 

Ambos parlamentares protagonizaram uma discussão com direito a bate-boca, dedo na cara, e até um empurrão no plenário nesta quarta, após o pedido de Lúdio ser rejeitado pelo presidente da Casa.

Em conversa com jornalistas, Lúdio afirmou que Botelho suspendeu a sessão para articular com seus aliados para rejeitar o projeto. E questiona o que levou, os deputados serem contra o processo licitatório do modal, tão de repente, inclusive o próprio Botelho.

“O requerimento foi apresentado com 11 assinaturas, depois ele sumiu. A sessão foi suspensa e quando retornou, a bancada do Botelho votou contra o requerimento. Por quê? O que deixou Botelho tão nervoso?”, questiona Lúdio Cabral em entrevista à imprensa.

“Ele não quer uma tarifa justa? Ele tem que responder por que ficou nervoso, perdeu a cabeça, a compostura e partiu para agressão física”.

Questionado sobre o que teria dito a Botelho no momento da discussão, Lúdio afirmou que ele tinha que respeitar a cadeira que ocupava no parlamento e que a atitude não era postura do chefe do poder legislativo. Agora, Lúdio vai avaliar que atitude pretende tomar.

Os deputados que assinaram o projeto de lei e depois retiram o nome foram, Gilberto Cattani (PL), Faissal Calil (Cidadania), Elizeu Nascimento (PL), Claudio Ferreira (PL), Diego Guimarães (Republicanos), Sebastião Rezende (União), Drº João (MDB), Fábio Tardin (PSB), Wilson Santos (PSD) e Beto Dois a Um (União). 

Projeto de Lúdio

Lúdio Cabral apresentou um projeto de Lei em regime de urgência, durante a sessão desta quarta-feira (3), para determinar a obrigatoriedade de licitação pública para a concessão do serviço para operação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. A proposta ainda solicita que o valor da passagem seja de R$ 1 pelos primeiros 5 anos.    

 

A proposta é apresentada após a polêmica envolvendo o BRT. Após rumores apontarem que o governo do Estado daria a concessão do ônibus do BRT  para as empresas que já operam o transporte público nas duas cidades.  

A informação consta nos documentos do próprio Estado sobre a obra do BRT, que substitui o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), nunca concluído.

O projeto de Lúdio traz ainda a proposta de R$ 1 da tarifa. Segundo o parlamentar,  o subsídio seria parte dos recursos arrecadados com a venda dos vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), para o Estado da Bahia, que foi assinado hoje no Tribunal de Contas da União (TCU).   

 

“Nós fizemos um levantamento de quanto o estado gasta hoje para custear o péssimo transporte coletivo entre Cuiabá e Várzea Grande. O estado gasta R$ 12, R$ 13, R$ 14, R$ 15 milhões. E, para manter a tarifa de R$ 1, será necessário menos de 20% do que foi arrecadado com a venda do VLT”, justificou.   

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