A Polícia Civil divulgou dados do laudo morte do bebê Vicente Camargo, de apenas cinco meses. A polícia descartou a hipótese de morte acidental e confirmou que o bebê foi vítima de um traumatismo craniano provocado no berçário Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, conforme apontam as investigações.
A polícia também já tem convicção de que funcionários da creche serão responsabilizados pela morte de Vicente. Agora, as autoridades aguardam resultados de perícias complementares para determinar se o caso será tratado como homicídio culposo ou doloso.
“A Polícia Civil hoje já trabalha com a possibilidade de uma morte provocada. Pelas circunstâncias da lesão, onde foi a lesão, o que provocou no bebê, temos uma convicção inicial de que a morte foi provocada dentro da creche, por algum funcionário do local”, comentou o delegado Marlon Bruno responsável pelas investigações.
De acordo com a autoridade policial, foram requisitadas informações mais detalhadas à Perícia Técnica para determinar se a pancada que provocou a morte de Vicente aconteceu no mesmo dia do óbito ou se foi provocada em dias anteriores até culminar na morte do bebê. Isso porque cada uma das hipóteses têm responsabilizações diferentes.
“De início a gente descarta uma morte acidental. Já vai haver, do ponto de vista da Polícia Civil, uma responsabilização de alguns servidores da creche. O que estamos trabalhando agora é para entender qual é o nível de responsabilização que a cada um vai ser atribuído”, pontua.
Uma dos mistérios que a Polícia ainda busca solucionar no caso Vicente é a intenção dos proprietários da creche que, inicialmente, tentaram alegar às autoridades e à família do bebê que ele teria morrido asfixiado após ser colocado para dormir após mamar.
“Esse é justamente um dos pontos que a gente precisa esclarecer nesse momento. Se realmente eles não tinham conhecimento e presumiram essa asfixia ou pode ter ocorrido de quererem obstruir o esclarecimento dos fatos trazendo uma informação inverídica de um fato que eles sabiam que não existia. Essa também é uma questão que vamos ter que esclarecer a partir dessas informações complementares”, frisou.