Laudo balístico confirma que arma utilizada no assassinato de Zampieri foi trazida por intermediário de MG

O laudo de confronto balístico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), apontou que os tiros que atingiram o advogado Roberto Zampieri, assassinado no dia 5 de dezembro, saíram da arma que Hedilerson Fialho Martins Barbosa trouxe para Mato Grosso após pedir liberação à Polícia Federal. O resultado do exame foi divulgado nesta quinta-feira (25) e encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Conforme o laudo, os estojos encontrados no corpo e no carro – um Fiat Toro – da vítima são compatíveis com a pistola 9 milímetros que pertence a Hedilerson Barbosa.   A tese da polícia é que Hedilerson tenha sido procurado pelo coronel do Exército Etevaldo Caçadini, para armar a execução de Zampieri.

Hedilerson, por sua vez, procurou Antônio Gomes da Silva que executou o advogado. Antônio e Barbosa estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), enquanto Etevaldo Caçadini, por ser militar, foi encaminhado ao 44° Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, também em Cuiabá.

Em seu depoimento, Antônio confessou que praticou o homicídio e chegou a revelar que disse aos intermediadores do crime que possuía duas armas, mas depois reverteu a história, dizendo que tinha perdido os equipamentos numa blitz. Com isso, Hedilerson foi obrigado a apelar para a autorização da PF para enviar a pistola à capital mato-grossense.

“Foi possível determinar que os estojos questionados EQ01, EQ02, EQ03, EQ04, EQ05, EQ06, EQ07, EQ08, EQ09, EQ10, EQ11 e EQ12 foram percutidos e deflagrados pela arma de fogo questionada AF-A (pistola número de série “ACN750112”). VII. Foi possível determinar que os projéteis questionados PQ01, PQ02, PQ03, PQ04, PQ05, PQ06, PQ07, PQ08 e PQ09 foram expelidos pelo cano da arma de fogo questionada AFA (pistola número de série “ACN750112”)”, diz trecho do laudo.

A pessoa que seria a mandante do crime, Maria Angélica Calixto, por outro lado, foi liberada da preventiva após 30 dias presa. A Justiça entendeu não existirem provas suficientes que liguem a empresária ao caso.

Contudo, a Polícia Civil garante que baseou as investidas contra Maria Angélica em critérios técnicos. A empresária e Zampieri tinham um conflito de terras e o advogado, inclusive, vinha sofrendo com ameaças.

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