CRISE NO AGRO

Justiça defere recuperação judicial de gigante do agro com dívidas de R$ 64 milhões

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A Judicial  de Mato Grosso deferiu o pedido de recuperação judicial do Grupo Augustin, um dos mais tradicionais conglomerados do agronegócio mato-grossense. O montante total das dívidas reconhecidas pela Justiça chega a R$ 64,5 milhões.

A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (21), determina a consolidação substancial dos devedores, o que permite a tramitação conjunta do processo, considerando o controle e as operações integradas entre as empresas que compõem o grupo.

Com o deferimento do pedido, o juiz Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento determinou a suspensão de todas as ações e execuções judiciais contra as empresas do grupo pelo prazo de 180 dias, conforme previsto na Lei de Recuperação Judicial e Falências (Lei nº 11.101/2005).

O magistrado também nomeou a empresa BCS Administração Judicial Consultoria e Perícias Ltda. como administradora judicial responsável por acompanhar o andamento do processo e fiscalizar o cumprimento das obrigações legais.

Nesse período, os representantes do Grupo Augustin deverão apresentar um plano de reestruturação financeira no prazo máximo de 60 dias. O documento será avaliado pelos credores em Assembleia Geral, após análise do juízo. Os credores terão 15 dias para habilitar seus créditos e 30 dias para apresentar objeções ao plano, contados a partir da publicação do edital.

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No pedido de recuperação, o Grupo Augustin argumenta que a crise financeira enfrentada nos últimos anos decorre de “fatores externos, sucessivos e imprevisíveis”, entre eles as fortes oscilações do mercado de commodities, o aumento nos custos de insumos agrícolas e as condições climáticas adversas, que impactaram diretamente na produtividade das lavouras.

De acordo com a petição apresentada à Vara de Rondonópolis, o grupo afirma que não houve falhas de gestão, mas sim um cenário econômico desfavorável que afetou toda a cadeia produtiva do agronegócio. O objetivo da recuperação, conforme os advogados da empresa, é “reorganizar os passivos, preservar a atividade produtiva e assegurar a manutenção dos empregos e das operações rurais”.

 

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