Justiça decreta prisão de filho e nora de ex-deputado estadual acusado de fraudes no setor de transportes

O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a prisão de Andrigo Gaspar Wiegert, filho  do ex-deputado estadual Pedro Inacio Wiegert, o Pedro Satélite, que faleceu em decorrência de um câncer em janeiro deste ano. A esposa de Andrigo, Glauciane Vargas Wiegert, também teve a prisão decretada na mesma ação. 

A ação é desdobramento da Operação Reta Final que investigou esquema de fraudes para frustrar licitações no setor do transporte intermunicipal. 

Pedro Satélite, era dono da Viação Satélite, que teria recebido R$ 3,9 milhões em propina para ajudar na ‘sabotagem’ às licitações. ‘Freando’ o processo licitatório, as empresas que já atuavam no ramo conseguiam deter o monopólio do serviço, mantendo a precariedade dos serviços de altos lucros. 

Dentre as condutas descobertas na investigação, foi relatado que os envolvidos no esquema produziram “estudos” fraudulentos/inverídicos para tentarem demonstrar a inviabilidade do novo Sistema de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso; conseguiram que fossem impostos entraves administrativos contra uma nova concessionária e, ainda, pagaram para que duas vencedoras da Concorrência Pública nº 01/2012 não assinassem os respectivos Contratos de Concessão com o Estado de Mato Grosso.

Pedido de reparação pelos danos causados aos cofres públicos atinge o montante de R$ 86,6 milhões. 

Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por terem, em tese, parte no esquema. A defesa dos dois chegou a apresentar resposta à acusação, contudo, nem mesmo seus advogados apresentaram à Justiça endereço atualizado dos réus. 

Paradeiro de Andrigo e Glauciane é dado como ‘incerto’ e, diante disso, houve acolhimento do pedido de prisão preventiva, formulado pelo Ministério Público, para garantir a conveniência da instrução criminal. 

“A postura dos denunciados, de ocultação de seu paradeiro, demonstra a intenção de dificultar a apuração da verdade e a regular instrução processual”, apontou o juiz do caso.

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