Juíza mantém prisão de filho de ex-deputado por duplo homicídio

A juíza 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, manteve a prisão de Carlos Alberto Gomes Bezerra, o “Carlinhos Bezerra”, pelo feminicídio de Thays Machado e homicídio de William César Moreno em janeiro de 2023. Na decisão a magistrada disse que o suspeito demonstrou “desprezo” pelas decisões judiciais e “sensação de impunidade” ao cometer o crime em plena luz do dia.

A Justiça havia concedido a Carlinhos Bezerra a prisão domiciliar para que cuidasse melhor da saúde. Ele foi preso no último dia 28 de fevereiro por quebra de cautelares. Bezerra saiu de casa em 9 dias diferentes, sem autorização.

A decisão de pronúncia contra ele foi proferida no último dia 4 de maio. A juíza Ana Graziela decidiu reavaliar a necessidade da prisão de Carlinhos Bezerra por considerar que já está preso há quase 90 dias. Ela destacou que o objetivo também é evitar “qualquer alegação de nulidade”.

A magistrada entendeu que a prisão ainda é necessária, já que não houve qualquer alteração nos fatos que justificasse a revogação. Pontuou também que o prazo que ele permanece preso não é abusivo, considerando a gravidade dos fatos, além de que ele desobedeceu a outra medida que havia obtido.

“Ao custodiado foi conferido pelo Tribunal de Justiça a oportunidade de prisão domiciliar, ante a suposta alegação de extrema debilidade, todavia, transcorridos 90 dias, o mesmo além de não comprovar a extrema debilidade, ainda descumpriu as cautelares impostas, demonstrando o seu desprezo pelas ordens e decisões emanadas pelo judiciário, permanecendo claro que a oportunidade conferida ao autuado, não surtiu efeito”.

Por entender que ainda estão presentes os requisitos e fundamentos da prisão, a magistrada manteve a custódia de Carlinhos Bezerra.

Ela também destacou a “sensação de impunidade que o denunciado ostentou possuir, praticando crimes bárbaros (um feminicídio e um homicídio qualificado), em plena tarde de um dia de semana, perto de uma avenida movimentada, na porta de prédio residencial no qual reside a mãe de uma das vítimas, desferindo diversos tiros que, inclusive, poderiam ter atingidos outras pessoas e da demonstração de desprezo pela vida”.

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