A juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá), autorizou o ingresso de Raquel e Antônio Soares e Louderte Bogo como assistentes da acusação no processo contra a fazendeira Inês Gemilaki, o filho dela Bruno Gemilaki e Eder Gonçalves, acusados de dois homicídios e duas tentativas de homicídio ocorridos no dia 21 de abril, em Peixoto. Decisão é do dia 10 de maio.
Raquel e Antônio Soares pediram a habilitação nos autos enquanto filhos de Pilso Pereira da Cruz, uma das vítimas do crime. Louderte Bogo, por sua vez, é filha de Rui Luiz Bogo, que também foi assassinado durante a ação criminosa. Os homicídios ocorreram na casa onde Raquel Soares vive com o marido, Enerci Lavall, o ‘Polaco’, que era o verdadeiro alvo da empreitada.
O crime, de acordo com as investigações, foi motivado por uma desavença entre os Gemilaki e o dono do imóvel. Inês foi inquilina de ‘Polaco’ na casa onde ocorreu o crime e teria saído de lá deixando uma dívida de R$ 59,1 mil. Enerci e a esposa procuraram a Justiça para cobrar a família Gemilaki, mas perderam.
As cobranças, contudo, não teriam cessado e a animosidade teria levado ao crime. A defesa de Bruno Gemilaki narra, inclusive, que as investidas estariam sendo feitas por meio de ‘cobradores’ com ameaças de morte, estupro e sequestro, o que amedrontou a família e teria desencadeado o crime.
Inês, Bruno e Eder, que é cunhado da fazendeira, se tornaram réus no dia 8 de maio pelos homicídios de Pilso e Rui. Também são imputadas a eles as tentativas de homicídio de Enerci Lavall e do padre José Roberto Domingos.