Juiz acolhe denúncia contra dupla acusada de matar assessor parlamentar

Foto: Reprodução

O juiz Wladimyr Perri, da 12ª Vara Criminal recebeu a denúncia em desfavor de Richard Estaques Aguiar Conceição e Murilo Henrique de Souza, nesta terça-feira (21). Os dois são acusados de homicídio do assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento que aconteceu em fevereiro deste ano.

Em sua decisão, o magistrado determinou que os suspeitos se submetam a avaliação psicológica para aferir a personalidade deles, levando em conta o critério da dosimetria da pena referente às circunstâncias judiciais do caso.

Ainda no documento, Perri define como ”perfeita” a denúncia e investigação dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, com indícios suficientes da autoria imputada aos denunciados, “eis que, são confessos das práticas delituosas, além do que, em vários depoimentos, relatórios de investigações e vídeo do réu Murilo, se constata de forma bastante clara a existência desses indícios”, diz.

Os acusados passarão por audiência de instrução no dia 25 de abril, às 16h. Após o pronunciamento dos réus, eles aguardarão o julgamento do Tribunal do Júri. Caso condenados, o magistrado passará à dosimetria da pena, fase na qual será considerada o laudo da avaliação psicológica indicada na decisão desta terça-feira. 

O crime

Wanderley Leandro Nascimento, assessor parlamentar do deputado estadual Wilson Santos (PSD), assassinado na no dia 16 de fevereiro.

Os dois teriam se conhecido pela internet e o assessor lhe pagava R$ 4 mil mensais. A motivação do assassinato aconteceu dias após o servidor ser flagrado tentando ter relação sexual com o irmão de Murilo, que tem 11 anos. No relato, o assassino revela que conheceu seu comparsa Richard Estaques Aguiar dias antes do crime.

Richard conta que ele, Murilo e Wanderley estavam na casa do servidor bebendo e na madrugada, Estaques revela que acordou com Wanderley  segurando seu pênis e tentado praticar sexo oral. 

Após isso, Richard confessou que tentou matar o assessor com uma faca, mas que não seguiu com a ideia. Então, o servidor teria insistido que ele passasse o contato de seu irmão, um adolescente de 15 anos. Então, o criminoso disse que se revoltou ao ter conhecimento que Wanderley manteria relações com menores.

Em seguida, Richard contou que enforcou a vítima com os braços e Murilo pressionou uma toalha embebida em álcool no rosto do assessor. Wanderley ainda foi enforcado com o fio de um carregador de celular, segundo relato do criminoso.

Um terceiro homem, identificado apenas como “Anão”, teria os ajudado a se livrar do corpo da vítima. Eles encaminharam o corpo até o lixão localizado no bairro Cinturão Verde, no bairro Pedra 90, na Capital. Em seguida, fugiram com a namorada de um deles para o interior, até que se dispersaram em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá).

Murilo foi preso no dia 20 de fevereiro, e Richard um dia após, no dia 21. 

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