A vice-presidente regional do MDB, a deputada Janaina Riva quer uma agenda entre os partidos da base aliada do governador Mauro Mendes (União Brasil) para “enquadrar” o PL Mato Grosso, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. A pauta da reunião, conforme aponta a parlamentar, são as declarações do presidente regional do PL, Ananias Martins Filho, que tem rechaçando aliança com o MDB na eleição de Rondonópolis ( a 220 km de Cuiabá), e acusando a sigla de ser de “esquerda”.
Para Janaina a sigla vem dividindo os partidos entre esquerda e direita, e quem apoia ou não o governo Lula.
Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (15), a deputada afirmou que pediu para o senador interino Mauro Carvalho (União) uma agenda institucional entre os partidos que compuseram o arco de aliança, com o objetivo de evitar brigas e até um rompimento.
“A gente precisa urgentemente da reunião dos partidos que fizeram o arco de aliança de apoio ao governador para gente discutir algumas questões. Alguns partidos não estão respeitando alianças que foram construídas e que levaram à vitória desse grupo. Já estão desconsiderando, cuspindo no prato em que comeram”, afirmou a parlamentar à imprensa.
Janaina explicou que na eleição passada, diversas siglas que compunham o grupo em Mato Grosso também tinham candidatos à presidência – ou decidiram pelo silêncio ou pela liberação do partido. Na última eleição para governador, Mauro Mendes se reelegeu em uma coligação com Republicanos, PL, MDB, Podemos, PSB, Pros e a Federação PSDB e Cidadania.
A parlamentar frisou ainda que o assunto terá que ser discutido institucionalmente para se evitar que o caso se torne familiar, por conta da sua relação com o senador Wellington Fagundes, de quem é nora.
“Muitos partidos do arco de alianças tinham candidaturas à presidência, como o próprio União Brasil. Se o PL for utilizar essa regra tem que utilizar com União Brasil, com os outros partidos”, afirmou.
Em 2022, o MDB teve como candidata à presidência a senadora Simone Tebet e o União Brasil, a senadora Simone Thronicke. No segundo turno o MDB apoiou a eleição do presidente Lula (PT), e o União Brasil adotou a neutralidade.