Incêndio no Parque Estadual Encontro das Águas já consumiu mais de 16 mil hectares vegetação

O incêndio no Parque Estadual Encontro das Águas, entre Poconé (104 km de Cuiabá) e Barão de Melgaço (109 km de Cuiabá), já consumiu mais de 16 mil hectares vegetação.  O assunto foi abordado em reunião emergencial convocada pelo senador Wellington Fagundes (PL) na Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa (ALMT), na manhã desta terça-feira (24).  

“Agora, já existem pelo menos 20 mil hectares que foram queimados. Para equacioná-lo é preciso a participação de todos. É preciso reativar todas as mobilizações feitas com sucesso em 2020. O foco do debate é combater o incêndio. A experiência de 2020 foi amarga. O prejuízo foi muito grande para a nossa fauna e flora”, disse o senador Wellington Fagundes.

O fogo está a cerca de quatro quilômetros do local de concentração de onças na região, conforme relatado pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros (CBM-MT), coronel Alessandro Borges Ferreira. No entanto, ele afirma que a situação não é mais preocupante devido a ausência de ventos que empurram as chamas para outros locais.

“Nós estamos trabalhando para que não chegue no refúgio das onças. O ponto mais próximo está a 4 km. A dificuldade é imensa e obviamente que só vamos conseguir combater completamente quando chegar em nossas linhas de acero, linhas de combate direto ou cair uma grande chuva”, explicou.

Conforme último relatório do CBM, o fogo voltou na região há cerca de três dias e devido a dificuldade de acesso os militares trabalham de forma paliativa. Ao todo, 16 mil hectares já foram queimados, sendo nove mil hectares em área privada e oito mil hectares da unidade de conservação, no entanto o coronel garantiu que a situação está “controlada”.

“Quando falamos controlado, não é que não tenha fogo. Controlado é porque está em um local delimitado pelo rio, por acero e estamos fazendo o combate indireto e direto com aeronaves e com nossos militares, mangueiras, etc”, disse Borges Ferreira. 

No encontro das águas no Pantanal, até início de outubro deste ano, de acordo com Borges, houve um fato da natureza que iniciou o incêndio através de descargas atmosféricas. 

“O local é isolado. Não temos qualquer acesso, nem por embarcação. É uma área inóspita. Entre as barreiras úmidas, não tem como você transpor a pé, e nem chegar com veículos, o local que temos para combater só chega de barco. É uma situação complexa e difícil”, explicou Borges. 

O comandante destacou que 62% de Mato Grosso é preservado e o governo aumento significativamente o aporte para combater incêndios desde 2020 quando o Pantanal foi devastado pelas chamas. Diferente do episódio que pegou a todos desprevenidos, o comandante-geral afirmou que para 2023 Mato Grosso está preparado. O governo investiu R$ 60 milhões na compra de equipamentos e perfuração de poços para garantir reservas de água para combater o fogo. 

A “Operação Abafa” também recebeu incrementos de R$ 18 milhões do executivo estadual compondo a maior frota de veículos da história com 70 carros locados, somando 150 veículos ao todo. 

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