A delegada Renata Evangelista, da Delegacia de Mulher de Sinop (a 500 km de Cuiabá), disse que Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, matou Bruna de Oliveira, de 24 anos, após uma briga por entorpecente. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (4), a delegada contou detalhes do depoimento. Ela explicou que o suspeito espancou Bruna até a morte e ainda arrastou a vítima morta pendurada em uma corda porque o corpo não cabia motocicleta dele.
“Ele alega que foi a única ideia que ele teve. Ele disse que ao perceber que o corpo não caberia na moto e sem ter outra maneira de carregar ele resolveu amarrar a corda no pescoço e arrastar pelas ruas da cidade. Após o crime, ele voltou ao local do crime, lavou a casa com pano de chão. A ideia era se livrar do corpo”, contou a delegada.
Wellington foi preso no fim da tarde de segunda-feira (3) em Nova Maringá (a 400 km de Cuiabá) em uma residência onde estava escondido. Após a prisão, ele foi levado à delegacia onde explicou como matou a vítima.
“O suspeito alega que estava usando entorpecente com a vítima associada a álcool. Ele disse que estava cheirando cocaína e consumindo álcool com a vítima e após uma discussão ele teria voado no pescoço dela, com as duas mãos, lançado ela ao chão, batido a cabeça dela com força no chão até ela desfalecer”, detalhou.
Em depoimento Wellington contou que começou a pensar em maneias de se livrar do corpo. Para poder prender o corpo ao veículo, ele utilizou uma corda.
“Após o assassinato, ele entendeu que havia matado ela e que teria que tirar o corpo dali. Ele teve a ideia de pegar uma corda que ele tinha usado em um isopor e utilizado no pescoço da vítima, que foi o sinal de esgorjamento apontado pelo perito. Ele amarrou a corda no pescoço e teve a brilhante ideia de amarrar à moto e sair arrastando”, disse a autoridade policial.
Apesar de a motivação ter ligação com uma discussão por drogas, a delegada foi enfática em esclarecer que Wellington deverá ser indiciado pelo crime de homicídio com a qualificadora de feminicídio. Por tentar desovar o corpo, também deverá ser imputado a ele o crime de omissão de socorro.
“Ele vinha saindo com ela e nesse dia eles foram até a casa dele para fazer uso de entorpecente e bebida alcoólica. A morte se deu em função dela ser mulher, na condição de sexo feminino, e ele encarar ela com condição de menosprezo. É feminicídio sim”, garantiu a autoridade policial.