ALUISIO ARRUDA
Nesta última semana de agosto várias regiões da Rússia sofreram ataques generalizados com drones, sobre aeroportos internacionais, na capital Moscou e na região de Krusk onde existe uma central nuclear.
Segundo a revista The Economist, para que esses ataques tivessem sucesso foram decisivos equipamentos, satélites e a logística de navegação da OTAN.
Ao que parece, após o fracasso da chamada “contraofensiva” da Ucrânia, os EUA e os países da OTAN que financiam, fornecem armas e treinam mercenários para enviá-los ao campo de batalha resolveram partir para “o tudo ou nada”, sem medir as consequências.
Segundo estrategistas o objetivo é aterrorizar a população russa e desestabilizar a autoridade do presidente Vladimir Putin.
Os americanos não conseguiram conter a alegria, e o jornal The New York Times saudou-os como “um estimulo moral” para a Ucrânia, enquanto a CNN observou, de forma enigmática que o regime de Kiev era “encorajado” a atingir alvos estratégicos dentro da Rússia.
Imaginemos o que aconteceria se algum país ou grupos terroristas lançassem ataques aéreos contra Washington DC, aeroportos ou centros estratégicos dos EUA. Aliás é só recordar o que ocorreu após a destruição das torres gêmeas e a reação de George W Bush como a invasão do Iraque, da Líbia, a guerra do Afeganistão, e outras, destruindo países e provocando milhões de mortes.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev declarou que a Constituição da Rússia diante de ataques dessa natureza, em defesa do país, autoriza a utilização de seu arsenal atômico e que agora tem uma justificativa legal para entrar em guerra contra países membros da NATO, e que o mundo está à beira de uma conflagração nuclear.
Tuker Carison, antigo apresentador da FOX News disse acreditar que os Estados Unidos estavam a caminhar para uma guerra quente e catastrófica com a Rússia durante o próximo ano.
Salientou ainda que a administração Biden e a maioria dos políticos de Washington são incapazes de evitar tal desfecho devido a sua arrogância, ignorância e russo-fobia irracional, que membros da União Europeia também são igualmente patéticos na sua aquiescência a tal cenário apocalíptico.
Líderes russos também declararam que a Rússia superou o ataque existencial da Alemanha nazista, que voltará a fazê-lo contra a desprezível NATO e que a formidável força do povo russo e suas defesas militares assegurá-lo-ão.
O pano de fundo desse grave conflito são os interesses dos EUA, que não admitem perder o domínio do mundo ameaçado pela expansão da China.
A guerra na Ucrânia pelas mãos dos Estados Unidos e seus parceiros da OTAN faz parte da estratégia de derrotar a Rússia detentora do maior arsenal nuclear do mundo para depois tentar desmantelar a China como fizera antes com a ex-União Soviética.
ALUISIO ARRUDA – é Jornalista, Arquiteto e Urbanista re membro do PC do B-MT.
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