O governo federal adiou para a próxima semana o anúncio do Plano Safra 23/24 que estava inicialmente previsto para ser lançado nesta quarta-feira (26). O valor do recurso será divulgado no dia 3 de julho, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que participou de um encontro nesta terça-feira com o presidente Lula.
O adiamento deixou A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), revoltada, apontando que o momento é urgente e citou desorganização e ineficiência do governo federal.
Na semana passada, o ministro do Mapa, Carlos Fávaro (PSDB), havia confirmado que o lançamento do Plano safra 23/24 seria a cidade de Rondonópolis ( a 220 km de Cuiabá), a pedido do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e que Lula estaria presente na cerimônia.
No entanto, devido a divergências na agenda do presidente, o evento foi cancelado e seria realizado no Palácio do Planalto. O motivo do adiamento seria para que a equipe do governo federal tenha mais tempo para organizar a cerimônia.
Com o adiamento para a semana que vem, o anúncio do plano será realizado já com a safra em andamento, que começa em 1° de julho.
Em nota FPA lamentou o adiamento e afirmou que para os representantes o momento é urgente e exige isonomia, já que o setor contribui com grande parte do PIB brasileiro e da geração de emprego e renda.
“Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano, ou seja, todos os problemas que estiverem na proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, o que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores”, diz trecho da nota.
“Uma sinalização preocupante do governo federal diante da crise enfrentada pelo setor. Entendemos que o momento é urgente e exige isonomia governamental para que possamos enfrentar os desafios de continuar contribuindo com grande parte do PIB brasileiro, da geração de emprego e renda, além do alimento de qualidade e sem inflação na mesa do brasileiro”, acrescentou.
A hipótese, segundo os bastidores, é o cancelamento dá porque o governo não teria recebido confirmação de presença de produtores ao evento no Palácio do Planalto, em meio a insatisfação do setor.